Xangai é, por natureza, um traçado onde os monolugares têm de ‘mostrar o que valem’, com as suas enormes retas, pelo que a prova chinesa será uma importante ‘prova dos nove’ para se perceber até que ponto a unidade de potência da Ferrari é competitiva face à da Mercedes. A F1 necessita de uma luta mais cerrada pela vitória, e um duelo Vettel-Hamilton seria um ‘condimento’ interessante para apaixonar de novo os fãs pela disciplina máxima do automobilismo. A China tem sido um ‘palco’ onde a Mercedes tem ‘reinado’ – tem conseguido a ‘pole-position’ desde 2010 e apenas falhou o pódio uma vez, enquanto a Ferrari não o consegue desde 2004, quando Rubens Barrichello venceu. Um triunfo da ‘Scuderia’ em Xangai seria uma afirmação da sua candidatura ao título.
No ano passado o Grande Prémio da China foi ‘palco’ de uma prova com um grande número de ultrapassagens, graças em parte a uma grelha resultante de uma qualificação feita num formato que acabou por ser abandonado, e a uma penalização por troca de motor que forçou Lewis Hamilton a partir de trás. Depois de uma prova na Austrália algo processional fica por saber se Xangai irá confirmar o que sucedeu em 2016 ou se a nova aerodinâmica da F1 vai tornar os carros mais complicados de guiar e, consequentemente, de tentarem ultrapassagens como em Melbourne.
As previsões de chuva para o fim de semana são com uma espécie de ‘luz ao fundo do túnel’ para a Red Bull, que na Austrália mostrou não estar ainda à altura de Ferrari e Mercedes. Sabe-se que Max Verstappen é um mestre da condução em pista molhada e seria sem dúvida um bónus se o holandês entrasse na ‘equação’ da vitória na prova chinesa. Isto apesar das promessas de mais atualizações a serem introduzidas no RB13 para esta segunda prova da época, já que a equipa técnica liderada por Adrian Newey é conhecida por nunca descansar, nem em alturas que a Red Bull está por cima dos acontecimentos.
HORÁRIOS EM PORTUGAL CONTINENTAL DO GP DA CHINA DE F1
Nuno Barreto Costa/AutoSport