Informação de tráfego partilhada entre governos e construtores? Volvo diz “sim”

08/04/2017

Vivemos num mundo partilhado. Da informação há mobilidade, o espaço comunitário é e está em todo o lado. Em particular, no capítulo automóvel, a Volvo Cars defende que os governos e as marcas construtoras deveriam iniciar uma partilha de informação de tráfego de modo a melhorar a segurança rodoviária a nível global.

A ideia partiu do próprio Presidente e CEO da Volvo Cars, Håkan Samuelsson, orador convidado na 1ª Conferência Europeia sobre Condução Autónoma e Conectada organizada pela Comissão Europeia: “Pensamos que este tipo de partilha de dados deverá ser feito de uma forma gratuita, em benefício da sociedade pois irá salvar vidas, tempo e dinheiro dos contribuintes. Faço o apelo para que outros construtores e instituições governamentais possam trabalhar connosco na concretização desta ideia e expandi-la o mais possível.”

Neste capítulo a Volvo Cars já faz réplica daquilo que pretende, tendo iniciado, em 2015, uma colaboração de partilha de dados de segurança com autoridades rodoviárias locais na Suécia e na Noruega. Em comunicado é referido: “Os sistemas Slippery Road Alert e Hazard Light Alert utilizam a cloud para uma partilha entre veículos de informação relacionada com a segurança fornecendo, respectivamente, dados relativamente às condições da estrada e avisos antecipados aos condutores sobre os veículos que, à sua frente ativaram as suas luzes de perigo. Ambas as tecnologias, Slippery Road Alert e Hazard Light Alert, são standard nos novos modelos Volvo construídos com base na plataforma SPA à venda na Suécia e na Noruega:  XC90, S90, V90”

Samuelsson deu também o seu parecer a respeito da necessidade de se colocar a segurança em primeiro lugar no que toca ao desenvolvimento de regulamentação favorável à condução autónoma, estando preocupado com a disparidade de conhecimento que possa existir entre os condutores e a chegada ao mercado de automóveis com nível 3 de condução autónoma: “Neste nível, o automóvel estará encarregue da condução. No entanto, o condutor terá de estar preparado para assumir o comando da viatura em caso de emergência e tal poderá ter de ocorrer numa questão de segundos. A Volvo considera este modo pouco seguro e como tal não irá considerá-lo.”

André Duarte/AutoSport