Opel revela os segredos do Ampera-e (com fotos oficiais)

06/05/2017

O novo Opel Ampera-e é capaz de percorrer 520 quilómetros com uma única carga de bateria. O Ampera-e já está à venda na Noruega, aquele que é, atualmente, o maior mercado deste género de veículos na Europa. Seguir-se-ão, ainda este ano, a Alemanha, a Holanda e a Suíça.

Um dos argumentos mais sonantes do novo elétrico da Opel é a autonomia de 520 quilómetros de acordo com a norma de testes New European Driving Cycle (NEDC), superior em cerca de 100 quilómetros à do concorrente neste segmento que mais se lhe aproxima.

A norma NEDC é relevante no sentido de estabelecer termos de comparação, mas na realidade fatores como as características da estrada, condições atmosféricas, tipo de condução e peso transportado têm influência na autonomia. Perante isso, a Opel procedeu a testes adicionais de acordo com o perfil Worldwide Harmonized Light-Duty Vehicles Test Procedure (WLTP), que produz resultados mais próximos da utilização em condições reais. Os engenheiros calcularam 380 quilómetros de autonomia total, mesmo sabendo que o valor variará de acordo com o estilo de condução adotado e de fatores externos. Ainda assim, suficiente para combater a chamada “ansiedade com a autonomia”.

A somar ao fator ambiental, o Ampera-e acrescenta ainda o da dinâmica, com potência e performances semelhantes às de um modelo desportivo convencional. Com dimensões exteriores compactas, o Ampera-e está próximo de um Opel Corsa, mas a volumetria do habitáculo supera a de um Opel Astra. Com o conjunto das baterias colocado sob o piso do habitáculo, a posição de condução é ligeiramente elevada ao estilo de um SUV.

Este revolucionário automóvel elétrico proporciona uma condução descontraída e praticamente silenciosa, sendo capaz de recarregar as baterias em andamento. Para tal, basta ao condutor aliviar o pedal do acelerador quando conduz em modo normal Drive. O Ampera-e recupera energia através do motor elétrico, o qual atua também como gerador. O efeito de travão motor é acentuado se o condutor selecionar o modo Low, aumentando ao mesmo tempo a recuperação de energia. Para aproveitar ao máximo o potencial de recuperação, é possível escolher a função Regeneration on Demand, que funciona sempre que é acionada uma patilha junto ao volante. O efeito de travão motor é considerável nos modos Low e Regeneração Manual, o que permite reduzir a velocidade e até imobilizar o veículo, em tráfego normal, sem ser necessário utilizar o pedal de travão. Ou seja, o Ampera-e pode ser controlado apenas com o pedal de acelerador (One Pedal Driving), embora seja sempre preciso recorrer ao pedal de travão em caso de emergência. Os primeiros modelos de simulação realizados pelos engenheiros revelaram que é possível alargar a autonomia em cerca de 5%, se for utilizado um dos modos de maior regeneração em vez do modo Drive normal, especialmente no trânsito denso das cidades.

O temperamento dinâmico do Ampera-e deve-se, entre outros, ao binário máximo de 360 Nm debitado pelo motor elétrico. A potência é de 150 kW (204 cv). Acelera de zero a 50 km/h em apenas 3,2 segundos e recupera de 80 a 120 km/h em 4,5 segundos. A velocidade máxima está limitada eletronicamente a 150 km/h, para garantir a autonomia.

Apesar de medir 4,16 metros de comprimento, o Ampera-e oferece um habitáculo espaçoso onde podem viajar confortavelmente cinco pessoas. A bagageira tem capacidade de 381 litros, acima da média para veículos destas dimensões. O espaço generoso só é possível graças à integração bem conseguida dos dez módulos de baterias. O conjunto completo está instalado sob o piso do habitáculo e foi concebido para se ajustar aos contornos do veículo. Isto significa que todos os espaços estão aproveitados. A bateria, desenvolvida em colaboração com a LG Chem, consiste de 288 células e tem capacidade de 60 kWh.

Uma vez projetadas as baterias para ocupar o espaço sob o piso do habitáculo, os engenheiros desenvolveram uma nova solução de estrutura de carroçaria que protege o conjunto acumulador e, simultaneamente, minimiza o peso. Assim, o Ampera-e recorre a aços de elevada rigidez com variados graus e a alumínio para fazer baixar o peso do automóvel sem afetar negativamente a segurança ou a durabilidade. Cerca de 81,5% da estrutura da carroçaria são constituídos por aços de elevada rigidez. Para ir mais longe na meta de reduzir peso os engenheiros escolheram o alumínio para vários componentes, como o capô do motor, as portas e a tampa da mala, poupando assim seis por cento face ao que teriam obtido se tivessem utilizado aço.

O Ampera-e garante também conforto, mesmo em viagens longas. Ao espaço abundante é acrescentada conectividade digital total com o exterior. O Opel OnStar, com ‘hotspot’ Wi-Fi, está associado a um sistema de informação e entretenimento específico para o Ampera-e. O infoentretenimento IntelliLink é compatível com Apple CarPlay e Android Auto, permitindo a integração de smartphones. Isso significa que o condutor e os passageiros podem fazer chamadas, obter direções de navegação, trocar mensagens ou ouvir música através de streaming, controlando tudo através do ecrã tátil da consola central ou por comandos de voz. O sistema de som criado pela Bose com sete altifalantes de elevada performance.

Álvaro Mendonça/AutoSport

 

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.