Rali da Polónia: O mais equilibrado do ano… até aqui

30/06/2017

Este ano o WRC está bem diferente do que estávamos habituados e para o provar há muitos números que podem ser chamados à liça, por exemplo cinco vencedores diferentes em sete provas, todas as equipas já obtiveram vitórias, 14 pilotos diferentes já venceram especiais (Teemu Suninen estreou-se a vencer na sua estreia… com um WRC), mas o ponto a que queremos chegar é que este Rali da Polónia marca mais…um marco. A diferença entre primeiro e segundo no final da primeira etapa é de apenas 1.3s, que é a diferença mais curta no WRC este ano, nesta fase do rali.

A prova que ficou mais perto desta marca foi o Rali de Portugal, com Ott Tanak e Dani Sordo a terminarem separados por apenas 4,6s o primeiro dia de competição, sendo que Sebastien Ogier era terceiro a cinco segundos da frente, portanto ainda mais equilibrado que na Polónia, se olharmos para os três primeiros, porque Latvala esta no rali que decorre a 6.6s do líder.

Na Sardenha, Hayden Paddon e Thierry Neuville terminaram o dia com 8,2s de diferença, Ott Tanak, que venceu o rali, era terceiro a 9,5s. Na ilha vizinha, apesar de francesa, a Córsega, no final do primeiro dia Kris Meeke e Ogier estavam separados por 10,3s, mas o vencedor, que estava nessa altura em terceiro lugar, foi Neuville, que se encontrava a 25,8 segundos.

No Rali do México, Meeke terminou o primeiro dia de prova com uma vantagem de 20,9s sobre Ogier. O piloto britânico acabou mesmo por vencer o rali, mas com uma vantagem de 13,8s sobre o campeão do mundo.

Na única prova de neve e gelo do calendário Neuville terminou o primeiro dia com 28,1s de vantagem sobre Jari-Matti Latvala, no entanto o vencedor foi mesmo o piloto da Toyota. Em Monte Carlo, Neuville era igualmente o mais rápido ao fim do primeiro dia, com 45,1s de vantagem sobre Ogier, mas foi Ogier o vencedor do rali. Em ambos os casos o belga desistiu por acidente.

Por fim na Argentina, aconteceu a maior diferença entre primeiro e segundo no final do primeiro dia. Elfyn Evans tinha 55,7s de vantagem sobre Mads Ostberg, mas mesmo assim não foi suficiente para vencer, tendo sido ultrapassado por Neuville no último troço do rali, perdendo por…0.7s. Neuville, era terceiro no final do primeiro dia. são números que não se viam no WRC há muito tempo e só é pena que a Citroën ainda não se tenha conseguido juntar à festa na plenitude, pois sabe-se que as coisas estão mal na equipa francesa, e os números não enganam.

É a que tem menos vitórias, uma, as mesmas que a Toyota, é a que tem menos pódios, um, contra três da Toyota, sete da Hyundai e 10 dos Ford. O piloto que mais vezes abandonou é Kris Meeke, 57.1% das vezes. A rapidez de Kris Meeke é real, venceu 11 troços, mas… menos que Elfyn Evans (13), Ott Tanak (14) Sébastien Ogier (14) e Thierry Neuville (31). A Citroën é também a equipa com menos vitórias em troços, 13 face aos 48 da Hyundai, 43 da Ford e 16 da Toyota. Sendo verdade que estes número não dizem tudo, dizem muita coisa…