Renault quer ser uma figura central da ‘nova’ Fórmula 1

21/03/2017

A Renault acha que os construtores envolvidos na F1 devem ser considerados os “principais ativos” da competição, por tudo o que contribuem. Jerôme Stoll, presidente da Renault Sport Racing, acredita que com a chegada da Liberty a F1 entrou numa “nova era” e que a Renault quer ter um papel importante na construção do futuro da modalidade.

“Tivemos várias discussões com a Liberty. Explicamos que devíamos trabalhar todos juntos para melhorar o espetáculo, porque nos últimos anos decresceu um pouco”, afirmou Stoll. “Temos de começar uma nova era com a Liberty, e eles querem fazer algo diferente. Não sei o que será, mas sei que queremos ser considerados como peças principais da F1. Sem os construtores como a Mercedes, Ferrari, Honda e nós – porque somos os únicos que estamos a desenvolver motores e a investir dinheiro – não há nada para ver na F1. Por isso temos todos de estabelecer um diálogo para tentar chegar ao nosso alvo”, referiu também o CEO da Renault Sport.

Até 2020 os contratos estão todos fechados na F1, mas Jerôme Stoll quer já começar as discussões para lá disto. “A Liberty tem de começar as discussões sobre o que será o futuro, porque em 2020 todos sabem que os atuais acordos acabam. Existem muitas coisas para mudar na distribuição dos direitos, e a verdade é que as equipas mais pequenas não conseguem sobreviver. Existem muitas coisas para discutir e devíamos começar já nas próximas semanas”, sublinhou o francês.

“Devíamos trabalhar juntos para aumentar as audiências, o que é como a ‘galinha e o ovo’. Se melhorares o espetáculo aumentas as audiências, mas podes aumentar as audiências se chegares às pessoas de maneiras diferentes. Dar em canais pagos foi o sistema durante uns anos, mas poderá ser diferente daqui a uns anos”, acrescentou Stoll.

Rodrigo Fernandes/Autosport