Yusuke Hasegawa: “Falhanço das negociações com a Sauber são uma desilusão”

22/08/2017

Quando Ron Dennis assinou um contrato de três anos com a Honda, pensou que a McLaren ficava a ‘salvo’ de ter uma segunda equipa com os motores japoneses. Mas isso acabou por não ser benéfico, tanto para o construtor nipónico como para a equipa de Woking, pois a Honda poderia ter utilizado os dados de uma segunda equipa para melhorar a performance do seu propulsor.

A marca tentou agora ‘emendar’ esse erro tentando um acordo com a Sauber, que acabou por falhar com a destituição de Monisha Kaltenborn à frente da formação helvética. Yusuke Hasegawa, o responsável pela Honda na F1, lamenta que o acordo não tivesse sido possível.

Com a Toro Rosso a renovar o seu contrato com a Renault, a única opção que resta à Honda parece ser o de continuar apenas com a McLaren, e mesmo assim sem certezas, pois a formação de Woking quer melhorias na unidade de potência do construtor japonês.

Em declarações à revista norte-americana Racer, Yusuke Hasegawa confessou a sua desilusão pelo facto de não ter resultado um acordo com a Sauber: “Claro que o falhando das negociações são uma desilusão. Apesar de ter um programa com uma equipa cliente, por isso daí não resultar um grande dano para o nosso programa principal na F1. Mesmo assim esperávamos de ter a oportunidade para o nosso motor rodar mais noutra equipa. Teríamos mais dados e poderíamos fazer comparações. Por isso nessa medida é uma deceção. Mais do que isso, do lado prático tivemos que parar os preparativos que tínhamos em curso para esse efeito”.

Masahi Yamamoto, responsável desportivo da Honda, teve a seu cargo a fase final das negociações com a Sauber, que terminaram assim que Fréderic Vasseur assumiu as funções de diretor da formação suíça e decidiu manter a equipa com motores da Ferrari para 2018.

Hasegawa explicou que não foi Yamamoto que gorou as negociações, pois “com Jorge Zander (da Sauber) havia uma boa comunicação o tempo todo”, por isso as duas partes acreditavam “até ao último momento” que o acordo iria resultar.