Pôr o carro a trabalhar e não saber como arrancar: os seletores na era moderna

02/05/2017

A tecnologia tem vindo gradualmente a absorver o mundo automóvel, mas não é preciso chegarmos a um carro de condução autónoma para ficarmos baralhados, confusos ou surpreendidos pela forma como determinadas opções são tomadas. Há coisas bem mais simples que nos podem pôr a pensar. Uma delas pode mesmo ser: como ou onde é que engreno as mudanças?

Pois bem, também já nos aconteceu, isto apesar de experienciarmos muitos carros de marcas e modelos diferentes. A variedade e opções mudam tanto de marca para marca, que ninguém fica imune a querer andar e não conseguir fazer aquilo que corriqueiramente deveria ser óbvio, “meter a primeira” ou, como vai cada vez sendo mais usual, “colocar na posição D”. Tudo isto se deve a hábitos que vamos criando e ao ‘choque’ da mudança dos tempos. É natural por isso que às vezes não saibamos meter as mudanças, mas não se trata de não saber, simplesmente se nunca precisámos ou contactámos com determinada novidade, é natural que a primeira vez crie alguma estranheza.

Vamos por isso perceber por partes algumas opções de posicionamento e formas de utilização dos seletores de velocidade, que variam tanto no seu feitio como na sua beleza.

Posicionamento

Na generalidade dos casos ainda encontramos grande parte dos seletores de velocidades colocados entre os dois bancos dianteiros, junto ao travão de parque (quando este se situa no seu lugar tradicional). Porém, há casos que não são bem assim. Por exemplo, no BMW i3 94 Ah temos o seletor (que acaba por assumir o papel de uma quase manete de maiores dimensões) acoplado ao próprio volante, do lado direito, e temos de rodar a patilha para a posição que pretendemos. É muito fácil por isso chegarmos ao veículo e olharmos para o seu posicionamento tradicional e não o encontrarmos.

Nos Mercedes, não raras vezes, temos uma pequena manete incorporada no volante, também no lado direito. A um primeiro momento, esta surge tão discreta e subtilmente em volantes e habitáculos geralmente tão equipados em funcionalidades que, para quem não esteja habituado, pode ‘perder-se’ facilmente à sua procura, muito simplesmente, por não se aperceber dela.

Engrenar as mudanças

Tendo já o seletor ‘em mãos’, e falamos aqui dos seletores de caixas automáticas, pode surgir a pergunta, como já ouvimos várias vezes: “E agora como é que se faz para pôr a andar?” Não é surpreendente, porque se andamos toda a vida, ou a maior parte dela, com uma caixa manual, o primeiro impacto gera sempre estranheza e, se não nos tivermos informado antes, natural desconhecimento. Por isso, não é surpreendente acabarmos por estar às ‘apalpadelas’ à procura de destravar o carro e seguir viagem.

O P (Travão de Parque) poderá ser desligado carregando num botão junto do próprio seletor, enquanto pressionamos o travão de pé, depois, mediante o tipo seletor, que varia de marca para marca e mesmo dentro da gama de modelos de um próprio fabricante, geralmente temos de pressionar um botão no seletor como que para o ‘destrancar’e podermos então deslocá-lo para a opção pretendida. No caso que falámos, dos Mercedes, através de um simples toque no botão situado na extremidade da manete passamos do P (Travão de Parque) para o N (Neutral), e depois, com um movimento da manete para cima ou para baixo, colocamos a caixa na opção pretendida.

Terminada a viagem, o processo é o mesmo. Pé no travão, colocar o seletor na posição P e, nos casos em que há, carregar também no botão P. Nota para o facto de haver uma generalidade de possibilidades e opções diferentes no mercado, falando-se aqui de situações de cariz mais generalizado, porque há carros que podem ter uma outra particularidade e o processo não ser literalmente assim. Mas, como em tudo, estamos sempre a aprender.

André Duarte/AutoSport

 

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