Fiat pode vender marca Jeep a chineses

22/08/2017

Os planos ambiciosos da indústria automóvel chinesa parecem longe de abrandar: depois da Geely Auto adquirir a Volvo e do mesmo acontecer com a Lotus, a publicação especializada Automotive News vem agora confirmar que a Great Wall pretende retirar do espólio da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) o emblema norte-americano Jeep, especializado em SUV e veículos TT.

Esta movimentação levanta obviamente dúvidas sobre as restantes marcas do grupo, até pelo valor da Jeep nesta equação. Alguns analistas afirmam que a Jeep é claramente a marca mais forte do portfólio da FCA e teoricamente mais valiosa sozinha do que o Grupo no seu todo.

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A decisão da Great Wall de avançar para a Jeep não é, deste modo, surpreendente, com Wang Fengying, presidente da companhia e listada pela Fortune como a sétima mulher mais poderosa da Ásia, a confirmar à Automotive News os seus intentos. Já a FCA recusou-se a fazer qualquer comentário sobre esta matéria.

 

No entanto, tal não significa que não haja uma predisposição da FCA para se libertar de algumas das suas marcas: o presidente da FCA Sergio Marchionne afirmou recentemente que consideraria juntar a Alfa Romeo e a Maserati numa segunda companhia, deixando na FCA a Fiat, Chrysler, Dodge, Ram e Jeep, caso a cedência desta última à Great Wall não se concretize. Já em abril de 2017 afirmou também que poderia separar a Jeep e a RAM do grupo, tornando-as em marcas independentes, tal como fez com a Ferrari e a Fiat Profissional.

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A Jeep é a jóia da coroa da FCA em virtude da sua reputação global e da história associada ao seu nascimento, durante a II GM — algo que vai ao encontro das pretensões da Great Wall de ser “o maior construtor mundial de SUV”, explicou Xu Hui, porta-voz da companhia chinesa.

“Adquirir a Jeep, uma marca global de SUV, permitir-nos-ia atingir este objetivo mais depressa e de uma melhor forma” do que com as marcas da Great Wall, completou.

Caso a Jeep volte realmente a estar no mercado, o mais provável seria que a Great Wall enfrentasse uma forte concorrência da General Motors e do Grupo Volkswagen.

 

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