Quando um automóvel destes era novo, só valia a pena comprar a versão submotorizada 1.9i, com quatro cilindros e oito válvulas. Passando para usado, o motor de seis cilindros do 2.8i já se torna mais interessante, sendo possível explorar os 193 cv a céu aberto. Era um pouco apertado para uma pessoa de dimensões mais avantajadas, mas o comportamento em estrada era mais que aceitável.
Chevrolet Corvette C5 (2000)
A geração C5 foi a segunda variante verdadeiramente moderna do Corvette, mas ainda era relativamente barata e com um visual agressivo na versão fechada. O motor LS1, um 5.7 V8, era bastante moderno tendo em conta que tinha árvore de cames central, mas já conseguia debitar 350 cv e chegava aos 100 km/h em menos de cinco segundos.
Ford Mustang Mach1 (2003)
Esta não era a versão, mas sim a versão desportiva intermédia, abaixo do SVT Cobra. Por isso, tinha eixo rígido traseiro em vez de suspensão independente, e estava disponível com caixa automática opcional. Tinha “só” 309 cv do motor 4.6 V8 de alumínio, contra os 395 da versão Cobra, que usava uma versão com compressor. Mas mesmo assim atingia os 100 km/h em 5,3 segundos.
Honda Integra Type-S
O Honda Integra tinha estado à venda na Europa na geração anterior a esta, mas aqui o coupé já só foi exportado para os Estados Unidos, onde era vendido como Acura RSX. Usava muitos componentes mecânicos do Civic, inclusive o motor do Civic Type-R, preparado para debitar 203 cv, que podiam ser explorados ao limite nas curvas com a ajuda de amortecedores especiais opcionais.
Mazda MX-5 MazdaSpeed (2004)
Nos Estados Unidos e no Japão, a Mazda tinha uma versão especial da segunda geração do roadster MX-5 com turbocompressor IHI. Esta preparação caseira permitia-lhe aumentar a potência dos 145 para os 180 cv e atingir os 100 km/h em 6,3 segundos, mas tinha velocidade máxima limitada. Tinha suspensão com amortecedores Bilstein, pneus mais largos e pintura exclusiva.
Subaru Impreza WRX (2002)
O “Scoobie” tem várias gerações e é um caso raro de um modelo desportivo acessível e conhecido nos quatro cantos da Terra. Embora exista a versão mais explosiva, denominada STI, o WRX já chegava para as encomendas, com tracção integral permanente para todo o tipo de pisos, caixa de cinco velocidades e um motor 2.0 turbo que debitava 227 cv.
Honda S2000 (2000)
Este era um dos Honda mais apetecíveis da época, levando ao limite as capacidades técnicas do conceito VTEC, uma denominação que significava alta potência, derivada do controlo electrónico das árvores de cames. O seu motor 2.0 só explodia a alta rotação, acima das 7000 rpm, com a potência máxima de 240 cv disponível às 8.300 rpm.
Nissan 300ZX Turbo (1996)
O Nissan Z surgiu para combater os automóveis americanos, mesmo com motores mais pequenos. Mas nos anos 90 tornou-se um automóvel de alta tecnologia, e na geração Z32 já tinha um motor 3.0 V6 biturbo, que debitava 280 cv… oficialmente. Diz-se, mas ninguém quer confirmar, que passava facilmente dos 300, o que acreditamos, já que só demorava cinco segundos a chegar aos 100 km/h.
Porsche Boxster (2001)
Este modelo trouxe a Porsche de volta ao segmento dos roadsters, relembrando o saudoso 550 RS. O primeiro motor 2.5 era anémico, mas foi substituído por um mais interessante 2.7 ao fim de três anos, com a potência a saltar dos 204 para os 220 cv, o que lhe permitia atingir os 100 km/h em 6,6 segundos. Também tinha caixa Tiptronic, com comandos no volante, em opção.
Chevrolet Camaro Z28 (2002)
No início do milénio, o Chevrolet Camaro não estava a vender bem e foi eliminado da gama Chevrolet. Por isso, foi retirado do catálogo em 2002. Mas, para celebrar a sua longa carreira e dar um rebuçado aos fãs, recriou a versão Z28. O motor 5.7 V8 era o mesmo do Corvette, mas só com 314 cv, num chassis mais confortável.
Se há uma coisa que gostamos, é de automóveis desportivos. E de preferência, que sejam acessíveis. A verdade é que, passados alguns anos, existem muito automóveis desportivos que ficam ao alcance das bolsas menos abonadas, bastando poupar algum dinheiro para se ter um automóvel de sonho, mesmo para quem ainda mora com os pais.
E embora seja preciso algum cuidado a navegar pelos stands de automóveis usados, não é muito difícil encontrar um exemplar do género em boas condições. Estes são alguns dos automóveis que pode comprar abaixo dos 10 mil euros.
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