A marca Innocenti está de volta

08/08/2017

De acordo com a imprensa italiana, um antigo construtor deste país, que está parado há 20 anos, vai regressar à actividade. Trata-se da Innocenti, um pequeno construtor que ficou famoso por produzir Lambrettas e réplicas do Mini para o mercado italiano, mas que falhou estabelecer-se num nicho de mercado durante os anos 80 e 90, quando passou a ser controlada por outros grupos industriais.

A Innocenti vai ser recriada em Palermo, na Sicília, com capital da família Perrotta, da Industrie Riunite (Iltar-Italbox), Finambiente e da Euro Mobile International. O que vão construir, exactamente, ainda não se sabe. Dada a ligação à Finambiente, algum tipo de veículo eléctrico não seria descabido, mas a Innocenti sempre foi conhecida por automóveis de baixo custo, durante a sua história.

Fundada em 1920, a Innocenti começou a construir Lambrettas após a Segunda Guerra Mundial, entrando nos automóveis em 1957, sob licença da British Motor Corporation. A lista de modelos baseados em veículos da BMC inclui o A40 Farina (Austin A40), Mini Minor (desde 1967, incluindo uma versão baseada no Mini Cooper), IM3 (Austin 1100), C e 950 Spider (derivados do Austin-Healey Sprite, mas com uma nova carroçaria desenhada pela Ghia) e Regent (Austin Allegro).

Em 1976, Alejandro de Tomaso comprou a empresa à British Leyland Italia, pedindo à Bertone uma nova carroçaria em cima da plataforma do Mini. O Innocenti Mini Bertone deu alguma personalidade à marca, especialmente no mercado de exportação, mas a mecânica britânica ficou desactualizada e a Daihatsu passou a fornecer a plataforma mecânica a partir de 1982, incluindo uma versão turbo no Innocenti Mini De Tomaso.

Uma nova carroçaria e novo nome (Minitre) surgiram em 1990. De Tomaso saiu de cena no ano seguinte, cedendo a Innocenti (em conjunto com a Maserati) à Fiat. O gigante italiano não prestou tanta atenção à Innocenti, que agora servia para vender na Europa automóveis desenvolvidos para mercados emergentes. Isso incluia o Mille (Fiat Uno brasileiro) e a berlina Duna e carrinha Elba (antecessores do Fiat Palio), bem como o Koral (derivado do 127 construído na Jugoslávia pela Yugo).

A falta de qualidade ditou a quebra de vendas e o desaparecimento da marca, em 1996.

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