SBK: O renascer de Marco Melandri

16/05/2017

Longe vão os tempos em que Marco Melandri era uma das promessas do motociclismo italiano – conquistou o título mundial da já extinta categoria de 250cc em 2002 – e somou cinco vitórias em Grandes Prémios de MotoGP ao qual juntou 20 pódios.
Agora aos 34 anos e depois de um ano sabático, que surgiu na sequência da má aventura com a Aprilia em MotoGP, o piloto italiano regressou a um Mundial, neste caso às Superbikes, onde já esteve entre 2011 e 2014. Antes do início do ano eram muitas as dúvidas sobre aquilo que poderia fazer o regressado Melandri ao serviço da Ducati uma das principais formações do Mundial e que no ano de 2008 em MotoGP marcou o início do declínio da sua carreira na classe rainha.
Apesar de ter estado um ano sem competir, a Ducati apostou na experiência de Marco Melandri para substituir o irregular Davide Giugliano, possibilitando assim ter de regular duas Ducati a competir contra as duas Kawasaki, marca que nos últimos dois anos tem dominado a seu bel-prazer o campeonato. E a verdade é que o piloto de Ravenna renasceu qual fénix das cinzas e apareceu extremamente motivado para aquele que poderá ser o derradeiro desafio da sua carreira. É verdade que tem sido mais lento do que o seu companheiro de equipa, Chaz Davies – apenas o bicampeão do mundo Jonathan Rea consegue bater sistematicamente o impetuoso britânico – mas também não é menos verdade que a já referida experiência de Melandri tem permitido realizar até ao momento uma temporada muito consistente.
As coisas nem começaram bem com o abandono por queda na primeira corrida no traçado australiano de Phillip Island. No entanto nas nove corridas que se seguiram o piloto da Ducati somou seis pódios, o que valem para já um positivo quarto lugar no campeonato. Um desempenho de respeito e que quem sabe pode ainda culminar até ao final da época numa vitória em corrida, algo que no Mundial de Superbikes o italiano já não saboreia desde 2014. Caso esse cenário acontecesse seria um bom prémio para um piloto que apesar de ter uma carreira interessante nunca conseguiu dar o salto para entrar no lote dos grandes nomes da história do motociclismo de Itália.

Alexandre Melo