BMW prepara inovadora tecnologia de baterias

14/02/2017

A marca bávara estuda a possibilidade de substituir os eletrólitos líquidos por outros sólidos nas baterias de iões de lítio, o que iria oferecer diversas vantagens. No entanto, a chegada aos modelos de produção não será para breve.

A BMW prepara uma revolução nas baterias utilizadas nos seus veículos elétricos e híbridos, avança a Autocar, que indica que o grupo bávaro prevê que a chegada destas inovações aos seus modelos de produção em 2026. A principal novidade deve passar pela substituição dos eletrólitos líquidos por outros sólidos nas baterias de iões de lítio, que irá oferecer um aumento da autonomia situado entre os 15% e 20%. Tendo em conta que as atuais baterias já permitem a alguns veículos elétricos cumprir cerca de 600km ininterruptamente, caso esta inovação chegasse hoje ao mercado poderíamos estar a falar de uma autonomia de cerca de 720km.

Mas existem mais vantagens, como a redução do peso deste componente e a necessidade de menos materiais de proteção na sua envolvência, já que o risco de incêndios seria mais baixo. A liberdade dos designers seria também maior, pois como as baterias teriam dimensões mais compactas poderiam passar a surgir em outras localizações. No entanto, ainda é necessário continuar a evoluir o projeto e otimizar este componente, com uma das razões apontadas para o prazo de chegada ainda consideravelmente longo a ser a necessidade de garantir a fiabilidade destas baterias a longo prazo.

Mas já antes dessa data vão existir inovações para os modelos elétricos e híbridos da BMW. Já em 2018 devem começar a surgir novidades neste campo, aplicadas em modelos como um BMW X3 elétrico e um Mini Cooper E. Mas as boas notícias estendem-se também aos fãs dos motores de combustão, com o grupo bávaro a prever continuar a investir nestes propulsores até ao final da próxima década, altura em que finalmente devem ser ultrapassados pelas motorizações elétricas nas preferências dos consumidores. Entre as melhorias está a expetativa de alcançar uma eficiência termal de 33% para os motores a gasolina e diesel, indica a Autocar.

Nuno Fatela

Fonte: Autocar