Duas tecnologias que podem salvar os diesel

07/06/2017

Ajudando a obter reduções assinaláveis nos valores de NOx, os sistemas desenvolvidos pelas Universidades de Loughborough e de Viena podem significar a viabilidade dos motores a gasóleo num prazo mais prolongado.

Estão a ser desenvolvidas duas novas tecnologias que em conjunto podem ter um importante impacto nos valores de NOx emitidos pelos diesel, ajudando a prolongar a existência destes motores pois as emissões mais elevadas no que se refere aos óxidos de azoto são apontadas como um dos seus principais handicaps. Falamos de sistemas desenvolvidos pelas Universidades de LoughBorough, em Inglaterra, e de Viena, na Aústria, designados respetivamente como ACCT (Ammonia Creation and Conversion Technology) e CPT (Controled Power Technology).

No caso dos britânicos, a ideia passa pela substituição, na redução catalítica seletiva, do famoso AdBlue por um outro composto mais eficaz na transformação do nitrogénio em água. O principal problema do líquido atualmente utilizado pela generalidade das marcas está no facto de apenas operar a temperaturas mais elevadas, mas o ACCT consegue efetuar a transformação dos gases poluentes em outros não-nocivos em intervalos termais mais amplos. Com uma eficácia comprovada até aos -60º Celsius, este novo composto de amónia irá funcionar em todas as condições de utilização dos diesel, o que pode ser um importante trunfo aquando da introdução dos novos testes de emissões mais próximos da utilização quotidiana.

O segundo sistema, com assinatura austríaca, é o CPT, um motor de arranque a 48 volts que consegue baixar os óxidos de azoto ao impactar em duas situações distintas durante os primeiros momentos de condução. Segundo é avançado, e considerando um motor V6 3.0L diesel, existe uma redução de 9% no NOx obtida através da regeneração da travagem instantânea que recupera 13kW, a que se juntam 7kW oriundos do mecanismo de assistência de binário. Além do impacto na redução nas emissões de NOx, existe ainda um potencial de redução de consumos obtida a partir do motor de arranque CPT, que poderá situar-se nos 4,5% para os referidos V6.

Fonte: WhatCar

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