McLaren pondera tração integral com motores elétricos

12/07/2017

Colocar a potência sobre o asfalto é um dos principais desafios para os desportivos de topo, e a McLaren pondera um sistema de tração integral com motores elétricos, que tornaria os modelos da marca híbridos, para lidar com esta questão.

Fiel até este momento à tração traseira, a evolução dos modelos da McLaren pode obrigar a marca a optar por passar a ter também potência no eixo dianteiro nas suas futuras propostas. A informação foi confirmada por Mike Flewitt, responsável máximo da marca, que em entrevista à Car and Driver explicou que este poderá ser um requisito obrigatório à medida que se alcançam os limites máximos de “poder de fogo” que podem ser enviados para a retaguarda. Ou seja, caso sejam alcançados patamares ainda mais excelsos que os 916CV do superdesportivo híbrido P1, são precisas alternativas para colocar toda esta potência no asfalto.

“Ainda não chegámos a esse ponto, mas estamos perto”, explica Flewitt, que ainda disse que “não estamos a planear para já [a tração integral], mas estamos conscientes que é uma direção que podemos querer seguir”. Segundo explicam a Car and Driver e outros meios, a solução deverá passar por uma configuração similar à de modelos como o Porsche 918 Spydere o Honda NSX, em que se obtém tração integral com motores elétricos na dianteira. Ao invés dos sistemas de repartição mais tradicionais, isto representa a opção pela hibridização, com uma combinação entre a combustão e a eletricidade. “A nossa arquitetura híbrida vai ser flexível, e não existe nenhuma razão do ponto de vista da engenharia em trazer um eixo para o centro do carro”.

Sempre o peso

Mike Flewitt explicou ainda que a busca pela redução do peso é um percurso contínuo para a marca, antevendo a possibilidade de desaparecerem os subchassis nos McLaren, ligando o motor e a caixa de velocidades diretamente a monocascos de fibra de carbono como o do novo e explosivo 720S. “Estamos sempre a perguntar aos engenheiros formas sobre como reduzir o peso, e é claro que os carros de competição não têm um subchassis. Não sei se será possível fazê-lo num carro de estrada, vão certamente ser necessários alguns refinamentos, mas não seria fantástico ter chassis/motor/caixa?”.

Nuno Fatela

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