Mercedes F1 tem eficiência térmica acima dos 50%

22/09/2017

A Mercedes publicou agora informações relativas à eficiência térmica do V6 Turbo que equipa os seus monolugares, e revelou que este motor transforma mais gasolina em potência do que aquela que é desperdiçada.

O Mercedes Project One foi a principal novidade do Salão de Frankfurt, um modelo que é um verdadeiro Fórmula 1 para as estradas, designação que merece por utilizar o mesmo motor do monolugar da marca de Estugarda na Fórmula 1. A potência superior a 1000CV e a capacidade de acelerar até aos 200km/h em menos de seis segundos são apenas algumas das indicações que confirmam a sua excelência tecnológica, a que se juntou agora a informação publicada no site da marca de que o motor 1.6L V6 Turbo utilizado tem uma eficiência térmica impressionante. No superdesportivo homologado para estrada o valor está acima dos 40%, mas recentemente foi testado no dinamómetro de Brixworth (fábrica da equipa) o mesmo motor num Fórmula 1, que atingiu uma eficiência térmica superior a 50%.

Para se perceber a importância de este registo tem, basta recordar que em 2015 foi um facto extremamente destacado a capacidade do muito eficiente Toyota Prius ter na quarta geração uma eficiência térmica acima dos 40%. No caso do Mercedes F1, a fasquia acima dos 50% significa que ele aproveita mais energia do que aquela que se dissipa. E se esta questão é importante nos modelos de produção, ganha ainda maior preponderância quando falamos da Fórmula 1, onde é fulcral aproveitar cada gota de gasolina para máxima potência.

Este valor agora anunciado demonstra também como os motores híbridos têm vindo a tornar-se cada vez mais potentes na F1. Os anteriores V10 tinham sem dúvida um som espetacular, mas a sua eficiência não era tão agradável aos ouvidos, situada nos 30%.

Quando foram alteradas as regras em 2014 e chegaram os atuais V6, a sua eficiência térmica situava-se nos 44%, mas as progressivas evoluções têm vindo a elevar este valor. Segundo refere a Mercedes, estas melhorias já permitiram superar os 50%, garantindo que o monolugar de Lewis Hamilton, com a mesma quantidade de combustível, ganhou mais 109 CV ao longo dos últimos anos.