Está cada vez mais perto de ficar fechado a compra da Opel por parte do Grupo PSA, com uma fonte dos franceses a confirmar que no final de agosto, ou na pior das hipóteses em setembro, as negociações vão estar concluídas. Anunciada por altura do Salão de Genebra, quando se soube a General Motors ia receber 2,2 mil milhões pela transação (1,3M da marca alemã e 0,9M das operações financeiras da GM na Europa), esta aquisição teve recentemente a autorização das autoridades anti-concorrência comunitárias, que deram luz verde ao negócio PSA-Opel. Ao juntar aos 3,5 milhões de veículos da Peugeot, Citroën e DS mais um milhão da Opel, isto significa que o volume de negócios do grupo liderado por Carlos Tavares será de 4,5 milhões de unidades anuais, tornando a empresa no segundo maior fabricante em solo europeu com uma quota de 17%, apenas superada pela VW que representa cerca de ¼ do mercado.
O CEO português já comentou a incorporação da marca alemã no consórcio, e disse esperar que isto possa “ajudar a acelerar a reviravolta da Opel”, que em 2016 teve prejuízos de 239 milhões de euros. Para isso, Carlos Tavares afirmou que quer capitalizar com a identidade das várias marcas, fomentando ainda a criação conjunta de produtos (como já ocorre com os SUVS, existindo ligação entre o Peugeot 2008 e o Opel Crossland X e também do 3008, Carro Internacional do Ano, com o Grandland X). O grupo francês também indicou que o negócio PSA-Opel vai permitir potenciar as economias de escala, em áreas como as aquisições, produção e pesquisa e desenvolvimento. E as contas para este reforço de laços até já estão feitas, pois o objetivo passa por poupar numa década, até 2026, cerca de 1,7 mil milhões de euros, e garantir que nessa altura a margem operacional da Opel está situada em 6%.
Nuno Fatela
Fonte: Autocar
