Oito em cada dez têm medo de conduzir no escuro

21/03/2017

Após investigações que concluíram que 8 em cada 10 condutores tem medo de conduzir no escuro, a marca americana introduz uma nova tecnologia que acciona o travão do veículo na detecção de peões à noite. Esta funcionalidade poderá reduzir a inquietação de muitos automobilistas em conduzir após o crepúsculo.

O escuro é um medo que afecta muitos automobilistas. Conhecido como noctofobia, este é um temor ancestral que remonta aos tempos primitivos quando os primeiros homens ainda viviam em cavernas, mas que tem acompanhado a evolução dos genes até aos tempos modernos. Isso mesmo demonstram os resultado de um estudo realizado na Europa pela Ford, que concluiu que o atropelamento peões durante a condução nocturna é um dos maiores receios dos condutores, muito por causa da consequente diminuição da visibilidade. Para isso, a marca americana anunciou que vai lançar na próxima geração do Fiesta uma nova tecnologia que trava automaticamente o veículo ao detectar um peão à noite. O sistema de Detecção de Peões é constituído por um radar instalado no pára-choques que detecta pessoas, objectos, árvores e sinais de trânsito, reconhecendo-as a partir de uma base de dados, e por uma câmara montada no pára-brisas, que tira mais de 30 fotografias por segundo e conta com o apoio das luzes dos faróis. Ao detectar um peão, esta tecnologia da Ford emite automaticamente um sinal sonoro e visual para o condutor e, se este não responder ao alerta, o veículo trava automaticamente.

A investigação da Ford refere que 81% dos automobilistas europeus têm receio de conduzir à noite, uma percentagem que sobe para os 87% nas pessoas do sexo feminino. Mais de metade dos inquiridos afirmou que a má visibilidade durante a noite é uma fonte de stress. Por isso, mais de um terço tem medo de se envolver num acidente em horas mais tardias, sendo que uma em cada cinco destaca a preocupação de poder atropelar algum peão. Em 2014, 20% das mortes nas estradas europeias foram devido a atropelamento e o perigo sobe quando o sol sde põe, pois quase metade destas ocorreram depois de escurecer.