Tesla está em vantagem na condução autónoma

08/02/2017

Quem o afirma é o responsável máximo da Volkswagen, Herbert Diess, que diz que a quantidade de dados de condução acumulados pela marca de veículos elétricos a coloca na dianteira para a introdução destas tecnologias.

Na corrida para a condução autónoma a Tesla é como o Usain Bolt, com a marca de veículos elétricos a ser como um relâmpago que acelera mais que todos os seus oponentes no desenvolvimento desta tecnologia. E o segredo é o “treino”, ou seja a experiência acumulada pela partilha de informações de condução de muitos milhares de automobilistas em todo o mundo a bordo dos Model S, e mais recentemente, também do Model X. Esquecendo as metáforas, é o próprio responsável máximo da Volkswagen, Herbert Diess, a afirmar que a quantidade de dados já recolhidos pela Tesla, que serão já equivalentes a 1200 milhões de quilómetros percorridos (e com mais um milhão de milhas, 1,6 milhões de quilómetros semanalmente) lhe concede a liderança na corrida pela condução autónoma.

Esta pode ser mesmo a principal razão para que a Tesla aponte já a 2018 como data de introdução da condução autónoma, enquanto os grandes fabricantes apenas esperam ter esta capacidade nos seus automóveis a partir da próxima década, após 2020. Diess explica que “não temos essa capacidade e não a vamos ter amanhã. Vimos quanto custaria esse equipamento tecnológico, e são cerca de 300 euros por automóvel. Talvez em 2020, prevendo que irá custar 150€. Mas há mais do que isso, também tem a ver com a infraestrutura de tecnologias de informação – o back end necessário tratar esses dados. Entretanto eles [a Tesla] vão adicionando milhões de milhas de informações extra todas as semanas”.

Diess foi bastante elogioso com a marca americana de veículos elétricos, embora afirmando que espera que os produtores de maior volume acabem por superar a Tesla a longo-prazo. O responsável máximo da Volkswagen afirmou que “creio que temos de levar Elon Musk muito a sério, e se ele continuar a melhorar as funções [dos automóveis] como tem vindo a fazer será difícil acompanhar. Acho que vamos acabar por ganhar no final, mas será pela nossa capacidade de produzir em larga escala e de expandir essa produção”.

 

Fonte: AutoExpress