Acabei o dia no melhor parque de campismo onde fiquei até agora. Muito arranjado e impecavelmente limpo tinha uma ótima relva, onde me instalei sobre uma ravina que dava para o mar. Fabuloso. A cozinha e sala de jantar eram ao lado com uma frente toda em vidro e um terraço a dar para o mar. Podia ter ficado por ali mais um dia ou dois mas tinha que partir.
Arranquei direito a Sydney onde iria apenas jantar com amigos e passar a noite, pois já tinha visitado a cidade durante os dez dias que lá fiquei o mês passado.
Na estrada vi um sinal que indicava “National Motorcycle Museum”. Não podia deixar de o visitar. Ao meu lado no parque de estacionamento estava uma Triumph e o dono tinha deixado os dois excelentes blusões de cabedal pousados sobre a moto enquanto visitava o museu. Uma situação impensável na maioria dos países do mundo. De facto, na Austrália não parece haver roubos e não só toda a gente deixa as coisas à vista sem problemas como a maioria das casas não tem sequer vedações ou muros à volta. O hotel onde estava em Darwin ficava com as portas abertas à noite e passados dois dias de andar com a moto deixei de a trancar, enquanto nos parques de campismo deixo muitas vezes capacete e blusão pousados em cima da moto.
O museu era fantástico e, embora a maioria das motos não estivesse restaurada, tinham centenas de motos do século passado, especialmente dos anos 50, 60 e 70’s.
Depois de visitar o museu parei num pub para almoçar. Por sorte, era dia de jazz e atuava uma excelente cantora, acompanhada de um baixo, piano e bateria, que levaram os velhos a dançarem animadamente, tarde fora. Muito giro.______________________________________________________________________
*Francisco Sande e Castro está a dar a volta ao mundo de moto e M24 publica o seu diário de bordo. Acompanhe-o nesta grande aventura
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