A Tesla licenciou a tecnologia CATL para as suas próximas instalações de fabrico de baterias no Nevada, que deverão estar operacionais no próximo ano e será, precisamente, essa tecnologia CATL que irá permitir à marca norte-americana colocar um elétrico seu (Model 2) abaixo de 25 mil dólares, nos EUA, e com uma autonomia a poder chegar a 700 km.
No entanto, a Tesla ainda utiliza baterias cilíndricas que, no entender do fundador e diretor da CATL, Robin Zeng, não são a melhor opção.
A Tesla está a utilizar a bateria cilíndrica 4680 no Cybertruck e em unidades do SUV Model Y. Essa bateria tem uma maior densidade de energia do que as unidades do tipo 2170 (encontradas no Model Y e Model 3) e de tipo 1865 (existentes no Model S e Model X).
Todavia, o maior fabricante de baterias do mundo, a CATL acredita que continuar a seguir a via das células cilíndricas é uma má ideia. O fundador e diretor da CATL, Robin Zeng, refere que disse, precisamente, isso ao CEO da Tesla, Elon Musk e homem mais rico do mundo. A reação, segundo deu conta, foi de silêncio.Zang, que falou com a agência Reuters, declarou que tinha transmitido ao responsável da Tesla que a sua aposta na bateria cilíndrica 4680 “vai falhar e nunca será bem-sucedida”.
A célula cilíndrica 4680 da Tesla utiliza uma química de iões de lítio com um cátodo de níquel-cobalto-manganês (NCM). Entretanto, a CATL especializou-se no fabrico de células prismáticas de fosfato de ferro e lítio (LFP). Recentemente, o gigante chinês introduziu uma bateria de iões de sódio para o consumidor, cujo fabrico é ainda mais barato do que o das células LFP.
“Tivemos um grande debate e eu mostrei-lhe”, disse Zeng. “Ele ficou em silêncio. Ele não sabe como fazer uma bateria. É uma questão de eletroquímica. Ele é bom para chips, software, hardware e coisas mecânicas”.