Por muito que a tecnologia autónoma seja importante e competente na sua função, dificilmente irá superar a intuição humana na prática da condução.

Esta é a visão de um dos principais responsáveis pela área de Pesquisa e Desenvolvimento da Mercedes-Benz, para quem os veículos autónomos terão tarefa difícil para baterem as qualidades de intuição de um condutor humano, como por exemplo Lewis Hamilton, tricampeão do mundo de Fórmula 1.

“Isso será muito difícil (bater o condutor humano), porque também se baseia na intuição. Não sei se mesmo o computador mais inteligente conseguirá bater a intuição, mas poder-se-ia fazê-lo [agir] de forma muito competitiva, disso estou convencido”, referiu Jochen Haab ao site australiano CarAdvice.

Ainda assim, Haab é da opinião que a tecnologia autónoma seria extremamente competente na forma de extrair o máximo potencial de um carro em circuito, mas que a mesma tarefa é muito mais desafiante em condução quotidiana.

“A boa parte das pistas de F1 é que não existem tantos ‘ses’. Existem outros ‘ses’, mas não tantos. Não existem peões a andar em seu redor, existem centenas de seguranças atentos a isso. Apenas vamos numa direção, sem trânsito em sentido contrário e não existe condução para lá do rail”, o que, em teoria, torna a sua função mais simples.

De qualquer forma, em relação a um veículo completamente autónomo e atendendo às diversas condicionantes atuais, tecnológicas e regulamentares, apenas daqui a uma década, pelo menos, será possível que surjam carros que se guiem completamente sozinhos.