Este tipo de pesquisa era importante para a recuperação da imagem de inovação da NASA, prejudicada quando a crise petrolífera contribuiu para o fim das Missões Apollo e as viagens tripuladas além da órbita da Terra terminaram. Mas a tecnologia acumulada passou a ter aplicações “cá em baixo”, com a procura por formas mais eficientes de utilização de energia, algo importante no isolamento do espaço sideral.
O carro em si era um modelo compacto de duas portas. Na verdade, o seu conjunto motor não era elétrico, era híbrido, mas não um híbrido do modo a que estamos a pensar. Em vez de serem combinadas com um motor de combustão, as 18 baterias de chumbo trabalhavam em conjunto com uma bateria electromecânica (com volante-motor e acumulação de enércia).
O objetivo era acabar com os picos de energia, reduzindo o consumo e tornando a bateria prática para uso em esforço, incluindo alta velocidade, e regularizando o consumo, que era equivalente a 6,2 l/100 km de gasolina.
O projeto foi feito em conjunto com a Garrett AiResearch, conhecida no mundo automóvel como produtora de turbocompressores. As baterias estavam guardadas do habitáculo, tal como acontece atualmente, enquanto o volante-motor ficava na bagageira, no lugar habitualmente ocupado pelo pneu suplente. A revista americana Popular Science testou o carro em 1980, num percurso de 12 km na baixa de Los Angeles.
O que é feito do carro? Não se sabe. Detalhes e planos do projeto foram redescobertos recentemente, mas do carro, nem um pio. Talvez ainda esteja guardado nalgum armazém da NASA. Talvez o mesmo onde escondem os extraterrestres.