M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os automóveis autónomos vão sacrificar a vida dos peões para salvar a vida do condutor, se um acidente for iminente. Pelo menos, foi o que Christoph Von Hugo, responsável pelos sistemas de assistência de condução da Mercedes-Benz, disse à revista americana Car & Driver. Mas isto vai ser um exemplo extremo. Von Hugo afirmou que “99% do nosso trabalho vai ser evitar que apareçam situações destas”.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Uma das questões morais que surgiu com a automação automóvel trata da escolha por parte da inteligência artificial. Em caso de acidente eminente, em que é impossível evitar a perda de vida humana, quem é que o carro vai salvar? Para Von Hugo, o mais fácil é sempre salvar a vida sobre a qual o carro tem controlo, ou seja, o condutor ou ocupante.

Mas o engenheiro da Mercedes também defende que esta é uma tempestade num copo de água. Os carros autónomos vão ser programados para tentar evitar acidentes em qualquer situação, analisando informação e reagindo muito mais depressa que uma pessoa ao volante. Vai ser raro que um automóvel esteja colocado numa posição em que vai ter que fazer uma escolha destas.

As autoridades alemãs também já definiram regras que vão ser transformadas em legislação para automóveis autónomos. A primeira é que é sempre preferível causar danos em propriedade do que em pessoas, o carro não pode escolher as pessoas com base em idade ou qualquer outro atributo, e o construtor é sempre o responsável.

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