O uso do nome “tecnologia 4D” deve ser usado com cautela. Numa era em que se fala de novas experiências imersivas, o nome “cinema 4D” já foi proposto em termos de marketing, tratando o cheiro como se fosse uma “quarta dimensão”. É de esperar que cientistas de Stanford saibam usar 4D de uma forma cientificamente correta, e realmente conseguiram. Esta é mesmo uma câmara que usa a quarta dimensão (tempo) para gerar imagens.
A motivação do engenheiro principal do projeto, Donald Dansereau, era criar uma câmara que fosse apropriada para o funcionamento de máquinas com movimento autónomo. Além de assegurar uma amplitude de visão de 140 graus (equivalente à de um humano), esta câmara também capta a direção e a distância da luz, que na prática vai permitir à inteligência artificial refocar a imagem depois da fotografia ser tirada.
Resumidamente, vai poder usar imagens captadas anteriormente como base para reagir a novas imagens, movendo-se de forma mais eficiente num espaço tridimensional, mesmo quando existem obstáculos como chuva. Esta tecnologia é baseada num princípio científico descoberto em 1996, também em Stanford.
