M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O sistema de aviso de objetos no ângulo morto é hoje cada vez mais comum em todo o tipo de automóveis. A sua invenção veio resolver um problema que existia há cerca de um século, o ângulo morto do espelho retrovisor, uma vulnerabilidade que durante décadas obrigou condutores a continuar a olhar para trás, para poder assistir a alguns centímetros de estrada.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Mas eram centímetros importantes, pois a velocidades elevadas significavam segundos em que um condutor arriscava fazer uma manobra a alta velocidade que poderia resultar numa inesperada colisão. A Volvo tentou mitigar esse problema em 1979, quando inventou espelhos retrovisores com uma grande angular, mas este ângulo morto não tinha sido eliminado. Para isso, foi preciso esperar por uma revolução nos sensores e avisos eletrónicos do automóvel.

Em 2004, a marca sueca introduziu nos seus automóveis o BLIS, um sistema eletrónico de deteção e aviso de veículos no ângulo morto de visibilidade. Este sistema estendeu-se, entretanto, à lista de equipamento de todos os grandes construtores automóveis do mundo. Este sistema baseia-se numa câmara montada juntos aos espelhos retrovisores. a visão dessa câmara não é vista pelo condutor. Em vez disso, os sensores da câmara identificam um veículo e avisam o condutor da sua presença, através de um aviso visual ou sonoro. Cabe depois ao condutor garantir a sua segurança e a dos outros ocupantes do veículo.

O sistema é capaz de reconhecer tanto automóveis como motociclos, e consegue funcionar tanto de noite como de dia. No entanto, como é baseado em câmara, e não é radar, tem dificuldades em reconhecer objetos com chuva ou nevoeiro. Quando foi criado, o sistema de reconhecimento de ângulo morto já podia ignorar veículos parados, avisando condutores da presença de carros que se moviam a uma velocidade 20 km/h inferior ou 70 km/h superior.

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