Se as tecnologias de condução autónoma parecem estar cada vez mais na ordem do dia, surgem também naturais resistências, sendo que algumas surgem de quadrantes inesperados, como por parte da Índia. Contudo, esta negação da tecnologia autónoma incorporada nos carros surge como uma medida de proteção ao emprego, na medida em que a automação dessa área poderá criar novas vagas de desempregados.

Aquela que é uma das economias mundiais com maior ritmo de crescimento – os dados mais recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam para 7,2% no biénio 2017-2018 – e com um dos maiores mercados automóveis à escala global pretende manter-se à margem da chegada dos carros autónomos, conforme referiu o ministro dos Transportes e das Infraestruturas da Índia, Nitin Gadkari, citado pelo Hindustan Times.

“Não vamos permitir carros autónomos na Índia. Sou muito explícito em relação a isso. Não vamos permitir quaisquer tecnologias que roubem trabalhos”, referiu Gadkari aos jornalistas em relação à possibilidade de incorporação destas tecnologias naquele país.

“Num país em que se tem desemprego, não podemos ter uma tecnologia que acabe por roubar os empregos das pessoas”, acrescentou, lembrando que o setor dos transportes tem um grande peso na Índia.

A possibilidade de os carros autónomos virem a causar sérias disrupções ao modelo atual de transportes – por exemplo, para os transportes públicos – tem gerado grandes debates em diversos setores, havendo quem defenda que a chegada dos veículos autónomos trará consigo mais desemprego. O mesmo sucede noutras áreas em que a automação se tornou mais vincada, levando à substituição de pessoas por máquinas para a execução de tarefas.

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