Inventor do cimento ecológico vira-se para as aplicações automóveis

M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Um professor universitário desenvolveu um método para criar polímeros, plásticos e outros materiais compósitos em baixas temperaturas, resultando na produção de materiais ultra-leves muito mais baratos, consumindo menos energia e dando a origem a uma quantidade superior de possíveis aplicações em produtos de consumo pelo grande público, incluindo um cimento ecológico e materiais para uso em automóveis.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Richard E. Riman, que tem 30 anos de carreira como professor de ciência de materiais na Universidade Rutgers, conseguiu patentear vários materiais como resultado das suas experiências, incluindo um tipo de cimento que absorve dióxido de carbono. Muitos dos materiais compósitos que desenvolveu simulam a aparência e o comportamento de madeira, osso e até aço. O objetivo é criar materiais com um consumo mínimo de energia na fase de produção.

Riman vê a indústria automóvel como um ambiente natural para diversificar o uso da tecnologia, apontando usos potenciais na conceção de motores e revestimentos, no interior e no exterior do carro. Há também a possibilidade de criar sistemas eletrónicos ou magnéticos que assumem funções que anteriormente eram puramente mecânicas.

Todos estes sistemas baseiam-se no conceito de solidificação a baixa temperatura, com materiais produzidos num máximo de 240 graus, mas com muitos processos realizados em temperatura ambiente. Riman quer que esta tecnologia dê origem a uma espécie de Silicon Valley em redor da Universidade Rutgers, baseada em New Jersey.