M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os noruegueses não brincam em serviço quando pensam em maneiras de contornar a difícil geografia da zona costeira do seu país. Os fiordes característicos da Noruega impedem o uso de formas convencionais de desviar o trânsito, com escarpas que entram pelo mar adentro de forma tortuosa, mas que são rasgadas por pequenas incursões das correntes marítimas.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Mesmo assim, é preciso fazer passar carros por aquela zona. Atualmente, fazer a viagem de Kristiansand a Trondheim demora 21 horas a completar, e obriga a usar nada menos que sete barcos, num total de quase 1300 km. Ir por Oslo e Lillehammer não é alternativa. A alternativa poderá ser um gigantesco túnel flutuante, que poderá dar a volta aos fiordes, sempre dentro de água, e não necessitar que os transportes parem seja pelo que for.

A Vegvesen, administração pública das estradas norueguesas, propõe a criação de um túnel que vai ficar submerso, a mais de 20 metros da superfície, e que será, essencialmente, composto por tubos de cimento com 1700 metros de extensão, cada um. Pontões visíveis acima de água seriam usados como estabilizadores. Existem outras hipóteses, inclusive combinações de pontes com túneis subterrâneos, como a ligação da Dinamarca à Suécia, e até uma ponte suspensa com três vezes o tamanho da Golden Gate, em São Francisco. No entanto, esta última hipótese seria muito mais cara que os 22,4 mil milhões de euros necessários para a construção do túnel.

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