Novos sistemas de aprendizagem tornam a inteligência artificial ainda mais inteligente

M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os sistemas de inteligência artificial vão começar a trabalhar sozinhos com maior frequência, sem qualquer necessidade de intervenção humana para dirigir ou corrigir as suas ações. É este o resultado de um estudo publicado por investigadores da Universidade Nacional de Cuyo, na Argentina, apontando para a evolução destes sistemas, que vão aprender sozinhos com inspiração em nanotecnologia e sistemas biológicos, com respostas que se adaptam ao ambiente e redes neurais semelhantes às de um humano.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Estes sistemas autónomos não vão precisar de uma mente humana para os ensinar, nem vão estar ligados a um sistema central que vai definir os seus parâmetros de ação. Para melhorar a sua autonomia, os investigadores argentinos, Agustin Bilen e Pablo Kaluza, propõem um sistema que funciona como um circuito de informação em duas direções. Isto permite às máquinas aprender a experiência, relembrando toda a sua história, incluindo o seu desempenho, comparando com o seu desempenho atual e o seu objetivo.

Os pesquisadores conseguiram aplicar esta ideia no mundo real numa rede neural responsável pela classificação de padrões, resultando em 66 por cento de sucesso. O objetivo agora é introduzir estes conceitos em sistemas eletrónicos simples com funções específicas, melhorando a sua eficiência.