As transferências de quadros e talentos entre gigantes tecnológicos são uma prática comum. Quem compra, pretende adquirir know how, experiência, talento e também o conhecimento que cada profissional tem sobre a sua antiga empresa. Quando se contrata um alto quadro a uma empresa rival, está-se também a adquirir uma parte do conhecimento que os rivais desenvolveram.
A Tesla é uma empresa relativamente recente e os ambiciosos planos de Elon Musk só podem ser cumpridos com o contributo dos melhores especialistas e cérebros em cada uma das áreas necessárias para tornar a Tesla não só uma empresa altamente inovadora, mas também rentável.
No espaço de um mês, a Tesla contratou mais dois quadros à Apple, uma prática que é já comum à empresa de Elon Musk. Primeiro foi Matt Casebolt diretor de design de produto da Apple que se transferiu para a Tesla em dezembro. Ele foi um dos principais responsáveis pelo design de produtos desde o MacBook Air até ao atual Mac Pro ou MacBook Pro. Casebolt foi nomeado diretor de engenharia no departamento de “fechos e mecanismos” na Tesla e ainda não é claro que papel terá no design dos futuros produtos da Tesla.
Esta semana foi a vez de Chris Lattner se mudar para a Tesla, onde ocupará a direção de projeto e desenvolvimento do sistema Autopilot e dos programas de condução autónoma. Lattner foi o arquiteto e criador da linguagem de programação em open source – a Swift.
Mans não é só a Tesla que vai caçar cérebros à Apple, o movimento inverso também ocorre com frequência, mostrando que há uma rivalidade técnica e científica feroz entre as duas empresas. A propósito das saídas de engenheiros da Tesla para a Apple, Elon Musk chegou a afirmar publicamente que “quando não consegues vingar na Tesla, vais para a Apple”.
