M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A humanidade sempre olhou para o voo das aves para retirar inspiração no velho sonho de conquistar os céus. Este sonho tornou-se realidade quando os irmãos Wright conseguiram realizar um voo com o seu avião. Mas os engenheiros não deixaram de prestar atenção às aves quando se trata de melhorar as capacidades de voo de qualquer aeronave. Agora, é a vez dos drones beneficiarem.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

De acordo com David Lentink, professor de engenharia mecânica na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, afirma que os drones são bastante afetados por turbulência, mas “aves não têm esse problema. Se percebermos porquê, podemos aplicar essas princípios de engenharia nos nossos robôs”. A Universidade de Stanford vai partilhar dados com outros túneis de vento semelhantes, como a da Universidade Lund, na Suécia (que simula o planar e as mudanças de altitude no voo natural das aves), ou da Universidade Western, no Canadá (que simula mudanças de altitude e pressão de ar).

Aproveitando os dados das suas congéneres, e especializando-se noutra área, o túnel de vento de Stanford poderá melhorar o voo dos drones com condições meteorológicas turbulentas, o que será importante para um futuro em que serviços de entregas ou de monitorização vão ser feitos através destas pequenas máquinas voadoras. Antes disso, Lentink identificou já um problema a resolver: “Ensinar as aves a voar num túnel de vento. Elas não são robôs e não vão ter um comportamento previsível”.