M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A De Tomaso, marca italiana fundada pelo piloto e engenheiro argentino Alejandro de Tomaso, poderá regressar em breve à produção de automóveis exóticos desportivos. O registo de marcas do Reino Unido aceitou esta semana atribuir o uso do nome da antiga marca italiana a uma empresa sedeada na Grã-Bretanha mas financiada com capitais chineses. Só falta saber quando o primeiro De Tomaso desta nova encarnação chegará às estradas.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A antiga De Tomaso fechou as portas em 2004, um ano depois da morte do seu fundador, acabando com 55 anos de história. Os restos da marca acabaram nas mãos do entusiasta americano Bruce Qvale e chegaram a ser brevemente integrados na MG Rover, com o nome Xpower, antes da marca britânica encerrar a sua atividade. Desde então, o nome De Tomaso pareceu relegado à história, até agora.

O responsável pelo regresso da marca italiana é Norman Choi, um empresário de Hong Kong. Choi já é dono da Apollo Automobil, um construtor alemão de modelos exóticos, feito a partir da antiga marca Gumpert. Em vez de tentar fazer um desportivo barato mas sem nome para concorrer com as marcas tradicionais, Choi optou por fazer do Apollo Intensa Emozioni um modelo exclusivo, com um chassis de fibra de carbono e um motor 6.3 V12 de origem Ferrari. Apenas dez unidades foram construídas.

Choi deverá usar a mesma receita com a sua mais recente aquisição. A empresa Ideal Team Ventures, fundada há três anos, vai mudar de nome para De Tomaso Automobili mas vai continuar sedeada no Reino Unido. Qualquer futuro De Tomaso terá que apostar na identidade de antigos modelos de sucesso da marca, como o Pantera ou o Mangusta, mas deverá usar tecnologias modernas. Paolo Garella, responsável pelo Apollo Intensa Emozioni, assim como pelos carros feitos para James Glickenhaus, deverá ser o responsável pela parte técnica.