M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Existem vários motivos porque as filas de trânsito podem surgir. Cruzamentos, semáforos, portagens, acidentes. Tudo isto interrompe o fluxo normal de tráfego e gera a acumulação de veículos, uns atrás dos outros. Mas por vezes uma fila parece surgir do nada, numa estrada sem cruzamentos, e onde não há um grande influxo de tráfego de uma via secundária. E depois de agonizantes minutos, o trânsito volta a circular, sem perceber porque tiveram que parar mais atrás. Mas um estudo da universidade americana MIT tem a resposta.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O CSAIL (Laboratório de Ciência de Computadores e Inteligência Artificial), uma divisão do MIT, publicou um estudo sobre qual é a razão porque estas filas de trânsito surgem. E descobriram que a culpa é sua, seu apressadinho. Cada vez que um um condutor se aproxima demasiado de um veículo à sua frente, é obrigado a travar. Se o carro da frente circular a 80 km/h, o segundo reduz para 75 para evitar o choque, o terceiro reduz para 70, e assim por diante até um ter que parar. E todos os que se aproxima são também obrigados a parar.

A solução para este problema é simples: reduza a velocidade e evite colar-se ao veículo da frente, ao mesmo tempo que procura manter uma velocidade que o mantém com uma distância segura para o carro atrás de si. Se ambos se mantiverem a uma distância estática, o mesmo deverá acontecer aos veículos que o perseguem, e o trânsito vai fluir normalmente, sem haver qualquer acumulação de tráfego.

Berthold Horn, um dos autores do estudo, chama a isto “controlo bilateral” afirmou que “concebemos o mundo de acordo com o que está à nossa frente, por isso parece contra-intuitivo pensar no que está atrás de si. Mas esta forma de conduzir deverá reduzir o tempo de viagem e os consumos sem ser necessários construir mais estradas”. Antevendo que os condutores não deverão mudar o seu comportamento imediatamente, Horn recomenda

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