M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O para-brisas é uma das peças mais importantes para o conforto do carro. O condutor normal poderá pensar que serve só para isolar os passageiros dos elementos exteriores, como o vento, a chuva ou o pó, mas é também uma janela que permite ao condutor perceber como o automóvel se relaciona com o ambiente que o rodeia. E, nos últimos anos, cada vez mais que isso, pois passou a incorporar uma série de funções eletrónicas adicionais, que foram surgindo à medida que a tecnologia avançou.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Mesmo nos primórdios do automóvel, o para-brisas sempre foi importante. Antes de Karl Benz criar o seu Motorwagen de três rodas, em 1885, não era incomum ver na estrada outros veículos onde foram instalados motores, e a primeira vez que um vidro foi colocado à frente de um condutor foi em 1874. Foi apenas depois do crescimento do número de automóveis que estes se popularizaram.

Os primeiros carros eram parecidos com carroças ou charretes, mas circulavam mais depressa, expondo os seus passageiros a detritos que os podiam atingir a altas velocidades. Assim, em 1899, começaram a surgir os primeiros automóveis que já incluíam para-brisas como parte do equipamento de série. No entanto, como muitos dos clientes eram abastados, eram vistos essencialmente como objetos de moda.

Estes para-brisas usavam o mesmo tipo de vidro de qualquer janela, perigoso em caso de acidente. Após alguns problemas em tribunal entre construtores e clientes, Henry Ford propôs usar vidro laminado, e em 1919, criou uma sanduíche composta por dois vidros laminados, separados por uma película de celulose. Esta combinação ainda hoje é usada nos para-brisas modernos, tornando-se mais forte e mais resistente a impacto. Até 1929, conseguiu introduzi-lo em todos os seus modelos novos como equipamento de série, e foi copiado pelo resto da indústria.

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