Mostrando uma veia criativa sempre a avançar, os criminosos vão contrapondo com formas inovadoras de dar seguimento às suas atividades ilícitas.
Um estudo levado a cabo pela empresa especialista no rastreio de veículos, a britânica Tracker, determinou que um número alarmante de 96% dos proprietários de automóveis estão em risco de verem os seus carros roubados através deste método.
E mesmo quem pense que esta situação apenas seja possível em zonas abertas, é igualmente alarmante a indicação de que o código pode ser também replicado com a chave depositada em casa.
As chaves inteligentes, sobre as quais assentam as funcionalidades 'keyless' são todas aquelas que permitem o acesso e ignição do carro sem necessidade de pressionar qualquer botão no controlador.
O sinal das chaves inteligentes não é 'parado' por paredes ou portas, pelo que mesmo em casa a possibilidade de replicar o código das chaves é real. No entanto, o sinal não consegue passar metais.
Por isso, muitos peritos apontam como fundamental a necessidade de 'enclausurar' as chaves dentro de um recipiente de metal, havendo até bolsas à venda a preços relativamente acessíveis (até 15 euros) para guardar as chaves, as denominadas bolsas Faraday.
Seja como for, não facilite e não deixe objetos valiosos à vista no interior ou evite abrir a bagageira com itens lá dentro, deixando-os lá ficar depois. Mesmo que não sejam artigos de valor, os assaltantes não saberão e poderão danificar o veículo no processo.
Para evitar roubos, considere ainda um bloqueador de volante. Um serviço de localização é outra hipótese para manter o seu veículo 'debaixo de olho' das autoridades, mesmo que tenha sido levado...
Você gosta do seu carro. É natural, por isso, que os criminosos também… Ao longo dos anos, os sistemas de segurança para os automóveis têm sido bastante melhorados, seja através de alarmes otimizados, seja através da evolução da codificação do sinal entre veículos e a respetiva chave.
Contudo, do lado oposto, mostrando uma veia criativa em avanço permanente, os criminosos vão contrapondo com formas inovadoras de dar seguimento às suas atividades ilícitas, fazendo com que muito poucos estejam a salvo dos seus intentos.
A história seguinte é baseada numa situação real: Tiago, nome fictício, tinha o seu carro estacionado à porta de casa, como era hábito, pelas 11 da noite, mas de manhã, o despertar trouxe uma surpresa pouco agradável – do seu carro apenas restava o lugar vazio. E no chão nada de vidros partidos, prova de que o ato criminoso ocorreu de forma ‘limpa’.
Outro caso inspirado em história verídica, mas com nome fictício: Paulo deixou o seu computador portátil no carro e parou para beber café. Mais tarde, quando chegou a casa, ao abrir a bagageira, reparou que o computador desapareceu. Uma vez mais, sem traços de arrombamento nas fechaduras ou vidros danificados.
Como podem estes casos suceder? A razão é simples: a frequência das chaves utilizadas nos denominados sistemas ‘keyless’ está a ser replicada pelos assaltantes, que conseguem copiar o código em proximidade da chave e depois, aceder ou utilizar o veículo como se fossem eles mesmo detentores da chave original. Na prática, é como se o fossem, uma vez que a frequência é copiada de forma precisa, mostrando também a evolução dos meios que os criminosos utilizam para roubar automóveis.
No entanto, os construtores sabem também desta situação e continuam empenhados na melhoria dos seus sistemas, investindo fortemente nessa área com o intuito de melhorar a segurança dos veículos. Muitos dos modelos recentes contam com funcionalidades sofisticadas de imobilização ou encriptação avançada dos códigos das chaves para evitar a sua replicação.
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