Conduzir com lençóis de água: regras de segurança

15/12/2022

Com o piso molhado, a condução defensiva é indispensável. As regras de segurança para travar, ultrapassar ou curvar debaixo de chuva forte deveriam ser ensinadas e treinadas, preparando os automobilistas para dias de intempérie. Mas está mais do que a tempo de decorar a lição.

Travar. Nos veículos que não estão equipados com ABS, a travagem em piso molhado deve ser suave e progressiva. Na ausência daquele equipamento de segurança, a travagem forte e contínua pode bloquear as rodas, provocando a derrapagem e, provavelmente, a perda do controlo sobre a viatura. Não pressione bruscamente no pedal, doseando a força sobre neste exercida até estar com a manobra controlada. A utilização correta dos travões aumenta a segurança.

Com ABS, o procedimento deverá ser precisamente o contrário: pressionar fortemente o travão e não aliviar enquanto não tiver evitado o obstáculo.

Com chuva forte e estrada muito molhada deve evitar as ultrapassagens. Porém, não tem de manter-se atrás de um veículo mais lento apenas porque as condições pedem moderação no acelerado. Sempre que estiverem reunidas as condições ótimas para efetuar a manobra, no momento e no local certo para a ultrapassagem, deve realizar a manobra no menor tempo possível. Sem incumprir o código da estrada, acelere com convicção, mude de faixa e retome imediatamente a sua mão depois de completar a manobra, deixando o espaço de dois veículos para o que foi ultrapassado. Esta distância de segurança é ainda mais importante quando o piso está muito molhado, uma vez que os veículos libertam um spray de água que pode aumentar ao entrar-se em zonas muitos alagadas, reduzindo muito a visibilidade.

Mesmo sem chuva, não hesite em manter as escovas em funcionamento quando circula em estradas muito molhadas.

Lençóis de água, risco de aquaplaning

Em situações de hidroplagem ou aquaplaning, que é a expressão técnica para o fenómeno que sucede quando os pneus perdem o contacto com o solo, devido à formação de uma camada de água entre a roda e a estrada, prefira- se sempre o volante aos travões.

Através dos sulcos, os pneus estão preparados para drenar a água que se acumula sobre o piso da estrada, mas a partir de uma certa velocidade e quantidade de água sobre o asfalto, a borracha deixa de conseguir cumprir com essa função e a probabilidade de aquaplanagem aumenta.

O aquaplaning parcial pode ocorrer em velocidades muito próximas de 50 km/h. E só esse já exige cabeça fria e nervos de aço. Quando o veículo entrou em aquaplaning (perda do controlo sobre a direção) retire imediatamente o pé do acelerador, mas não trave bruscamente.

Evite rodar bruscamente o volante. A viatura vai deslizar, o que significa que deixou de ter contato com o solo, usar os travões neste momento não ajuda. O passo seguinte é desacelerar com o motor, aliviando o acelerador. Lembre-se, além de não virar a direção também não deve carregar no travão, pois é também uma situação que pode fazer com que entre em derrapagem e se despiste. O seu foco deve estar unicamente sobre a direção e naquele exato momento em que o carro volta a ter condições de aderência.

Então, aponte para o “ponto de fuga”, acelerando suavemente para reganhar tração. O essencial é estar preparado para não ter reações instintivas e bruscas, mas antes disso pode sempre ter alguns

cuidados profiláticos que reduzem o risco do seu carro entrar em aquaplanagem: os pneus com a altura correta dos sulcos (a mínima é de 1,6 mm) e os amortecedores em bom estado (verifique-os a cada 20.000 quilómetros) são regras básicas.