De Lisboa à Sertã são vários os locais já identificados para a instalação de novos radares que visam o reforço imediato do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) no país. A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) recebeu luz verde do Governo para lançar o concurso para a compra e manutenção de 30 novos equipamentos, que serão instalados de forma rotativa em meia centena de novos postos de controlo de velocidade.

Aquela autoridade já confirmou oficialmente que os novos radares serão distribuídos por pontos-chave da sinistralidade no país, incluindo a Estrada Nacional 5, em Palmela, a Estrada Nacional 10, em Vila Franca de Xira, a Estrada Nacional 101, em Vila Verde, a Estrada Nacional 106, em Penafiel, a Estrada Nacional 109, em Bom Sucesso, o IC19, em Sintra, e o IC8, na Sertã. A lista completa não é ainda conhecida, mas, segundo avançou o jornal SOL, vias como Segunda Circular e a Avenida de Ceuta, em Lisboa, também serão alvo de reforço de controlo com estes equipamentos. O investimento total rondará os 8,5 milhões de euros nos próximos quatro anos, aumentando para 110 o número de locais de fiscalização da rede SINCRO.

Multar com base na velocidade média

Dez dos novos dispositivos previstos para o novo país vão controlar a velocidade média entre dois pontos, uma estreia nas estradas nacionais, sendo que a ANSR também explica que estão desenvolvidos ainda para “medir, em simultâneo, a velocidade de vários veículos, mesmo nos casos em que estes circulam lado a lado ou a uma distância inadequada entre si”.

A juntar a este novo método de fiscalização, as autoridades referem ainda que utilização de drones e helicópteros para controlo de velocidade, à semelhança do que já acontece na vizinha Espanha, continua a ser uma possibilidade em cima da mesa.

Segundo dados da ANSR, na primeira metade de 2020 “foram fiscalizados 55.320.244 veículos, mais de 300.000 por dia, o que correspondeu a um aumento de 29%, face a período homólogo de 2019 (42.842.087)”.