Os tempos modernos trouxeram consigo novas formas de comunicação e muitos instrumentos para que os seres humanos se possam manter em contacto em questão de segundos independentemente da distância. Para muitos, essas benesses proporcionaram, ao mesmo tempo, uma nova dependência: a dos telemóveis ou smartphones. A fobia de estar sem eles é, portanto, a nomofobia, nome científico para a fobia de não ter um telemóvel ao alcance.

Para os mais jovens, é cada vez mais forte a tendência para estarem em permanente ligação ao mundo digital e aos seus amigos ou interesses por via do telemóvel, muitas vezes cruzando essa mesma ação com a da condução, atos sobejamente conhecidos como pouco cruzáveis devido ao potencial de distração que os aparelhos móveis causam no seu utilizador.

Desse mesmo tema fala Adam Alter, autor do livro ‘Irresistible’, que retrata a questão das adições dos tempos modernos e a indústria que as trabalha para as franjas de população mais suscetíveis, como a dos adolescentes. Retratando em muito a população americana, Adam Alter “recorda que esta é uma idade na qual metade da população americana é viciada em pelo menos um comportamento”, seja observar os e-mails, as contas do Instagram ou do Facebook, ou até observar vídeos do Youtube compulsivamente.

Daí que uma das vertentes dessa compulsão pode estar também presente quando vai ao volante, sentido a necessidade de se estar constantemente a olhar para o telemóvel para verificar essas mesmas aplicações ao segundo. Ou, noutra moda pouco recomendável, tirar fotografias ao volante, mesmo quando se tratam de ‘selfies’.

Como nota adicional, refira-se que o Centro Norte-Americano para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) aponta a utilização dos smartphones ou telemóveis (na sua definição mais arcaica) como parcialmente responsáveis por distrações na condução que causam a morte estimada de nove pessoas diariamente e ferimentos em mais de mil.

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