PSP e GNR vão apertar fiscalização à utilização do smartphone ao volante

06/05/2019

As autoridades policiais portugueses vão apertar a fiscalização à utilização do telemóvel durante a condução até ao próximo dia 12 de maio.

Com operações separadas, tanto a Polícia de Segurança Pública (PSP), como a Guarda Nacional Republicana (GNR) irão dedicar especial atenção ao manuseio do telemóvel durante a prática da condução nas vias com maior índice de sinistralidade rodoviária.

No caso da PSP, a operação “Phone Off” tem por objetivo “prevenir e dissuadir os comportamentos de risco que, de forma decisiva, contribuem para a ocorrência de acidentes rodoviários”. Já a GNR adianta que a operação “Smartphone, Smartdrive” visa “contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores”.

Ambas coincidem na intenção de reduzir a condução com recurso a dispositivos como smartphones, que tem incrementado os valores de sinistralidade.

A PSP lembra que “com exceção dos aparelhos dotados de um único auricular ou de microfone com sistema de alta voz, o Código da Estrada proíbe a utilização e manuseamento de telemóveis durante a condução/marcha dos veículos atendendo a que estudos demonstram os seus efeitos nocivos, comprovando que o uso de ferramentas digitais ao volante aumenta drasticamente o risco de acidentes rodoviários”.

A mesma premissa é aventada pela GNR, que entre 1 de janeiro e 30 de abril, detetou cerca de nove mil condutores a fazer uso indevido do telemóvel a conduzir e em 2018 foram mais de 22 mil os que cometeram aquela infração.

“A utilização incorreta e o manuseamento de telemóveis, ‘tablets’, ou dispositivos similares, para a realização de chamadas, envio de mensagens escritas ou consulta de redes sociais, durante a condução acarreta riscos associados: distração visual (tira os olhos da estrada), limitação motora (tira as mãos do volante) e condicionamento cognitivo (distração na condução)”, aponta aquela força da autoridade que encontra na condução distraída um fator de risco que tem sido objeto de uma atenção crescente nas políticas de segurança rodoviária.

A GNR lembra que a “Comissão Europeia, no Plano de Ação para a próxima década (2020-2030) destacou a condução distraída como um dos principais comportamentos de risco para a segurança rodoviária, bem como a velocidade excessiva, a não utilização do cinto de segurança ou capacete e a condução sob efeito do álcool ou substâncias psicotrópicas”.

Com Lusa