Os portugueses continuam a usar o telemóvel enquanto conduzem. Esta má prática surge relacionada com a sinistralidade grave. Conheça os verdadeiros números do perigo.

Mesmo depois da imposição de restrições ao uso de telefone durante a condução, o número de automobilistas que incorre nesta infração parece não abrandar. Segundo estudos recentes, nove em cada dez condutores não prescinde de utilizar o seu smartphone ao volante, seja para falar, enviar mensagens ou mesmo consultar a Internet…

A Direção Geral de Transportes (DGT), em Espanha, estudou o fenómeno, com conclusões que demonstram como aumentam – muito! – as probabilidades de acidente.

Atender uma chamada enquanto conduz duplica probabilidade de acidente grave. E mesmo alguns minutos após o final de uma conversa, os níveis de atenção não estabilizaram, aumentando em cerca de 50% o tempo de reação a qualquer tipo de emergência. Já para não falar que a maior parte dos condutores acredita que modera a velocidade quando fala ao telefone mas, na realidade, não o faz…

Condução… às cegas

No estudo revelado pela DGT, prova de que o perigo não reside apenas em falar ao telefone enquanto se conduz. Digitar um número no aparelho demora-nos, em média, 10 segundos. A 50 km/h, tempo suficiente para percorrer 140 metros; a 120 km/h, numa autoestrada, são 335 metros percorridos praticamente… às cegas!

Mas as ações que obrigam o condutor a desviar o olhar e desconcentrar-se são as que apresentam o maior risco de acidente. Como escrever uma mensagem no Whatsapp, por exemplo. Este estudo revela que um automobilista precisa de 20 segundos para responder a uma mensagem escrita ao mesmo tempo que conduz. Ou seja, tempo mais do que suficiente atravessar quatro campos de futebol, com níveis de atenção muito abaixo dos mínimos.

E se tivermos em conta que alguns estudos indicam que um desvio do olhar da estrada de apenas dois segundos, duplica a probabilidade de acidente…!

Mas há mais: encontre na galeria outras tarefas que implicam centenas de quilómetros de condução desatenta!

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