Três erros comuns nas viagens com animais de companhia no carro

15/07/2022

Em período de férias, todos os cuidados são poucos no transporte dos animais de companhia nos automóveis, nomeadamente gatos e cães, garantindo que, em caso de acidente, o seu bem-estar e o dos restantes passageiros no veículo não é afetado.

O transporte de animais de companhia vem regulado no Decreto-Lei de nº 276/2001 (alterado pelo Decreto-Lei nº 315/2003, datado de 17 de dezembro), onde consta no artigo 10.º que este deve ser “efetuado em veículos e contentores apropriados à espécie e ao número de animais a transportar tendo em conta o espaço, ventilação, temperatura, segurança e fornecimento de água de forma a salvaguardar a proteção dos mesmos e a segurança de pessoas e outros animais”. Ou seja, o animal deve estar sempre acomodado dentro da sua caixa de transporte ou, no caso de um cão de grande porte, preso por sistemas de retenção específicos que podem ajudar a evitar problemas maiores em caso de travagens bruscas ou de acidentes.

Lembre-se que, por mais pequena que seja a mascote lá de casa, numa desaceleração brusca decorrente de travagem ou acidente, o seu peso acaba multiplicado, tornando-se numa ameaça para os demais passageiros, além de, claro, ser também o animal sujeito a lesões que podem ser fatais. Um animal à solta no carro durante a viagem pode mesmo valer uma coima que varia entre os 60€ e os 300€.

Problema: cumprir com tudo o que diz a lei não significa, no entanto, que estamos a transportar o nosso cão ou gato de forma segura no automóvel. Na verdade, estão identificados três erros frequentes em viagens com animais de estimação a bordo, sobretudo quando se trata do primeiro elemento de quatro patas na família.

Batismo de estrada

Um dos falhanços mais comuns em donos com menos experiência é a, literalmente, a falta de hábito. Antes de partir numa longa jornada de férias por autoestrada, o animal deve estar familiarizado com o que geralmente mais os incomoda, que é o sistema de retenção, especialmente aos gatos – pode custar-lhe mesmo alguns arranhões nas primeiras vezes que os coloca no cinto. A solução é começar por levá-los consigo nos pequenos trajetos de todos os dias, para que depois possam fazer viagens longas com mais calma.

Perigos escondidos

Muitos condutores descuram a colocação de bagagem no habitáculo, fora do compartimento da mala ou dos locais para arrumos. Com gatos ou outro animais que viajam na sua caixa de transporte, não haverá perigo, mas todos os animais que viajam no banco de trás com sistema de retenção estão na mira de qualquer projétil que possam sair disparado em caso de travagem brusca ou colisão. Uma bolsa, uma caneta, um livro ou mesmo um brinquedo podem ferir o seu amigo de quatro patas com gravidade.

O animal enjoa

Por último, mas não menos importante, é conveniente não dar água ou comida ao nosso animal de estimação nas horas anteriores se ele tem tendência para enjoar. Deve, no entanto, parar com frequência ao longo da viagem para dar-lhe um pouco de água, mesmo que o ar condicionado esteja ligado e a temperatura seja amena no habitáculo. A cada paragem controle os sintomas que indicam desidratação: tremores musculares, respiração acelerada.