O momento da Inspeção Periódica Obrigatória, vulgarmente conhecida pela sua sigla IPO, representa para muitos condutores um momento de algum receio pela possibilidade de reprovação ou de alguma anomalia que possa ser detetada nos seus veículos automóveis.

Só no ano passado, de acordo com o Relatório Anual de Inspeções Técnicas a Veículos Rodoviários, emitido pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), foram reprovados mais de 614 mil automóveis que obrigaram os seus proprietários a uma atuação a nível técnico para garantir que o veículo recebia a consequente aprovação na reinspeção.

Em 2016, foram inspecionados 5.804.923 automóveis, havendo assim uma taxa de reprovação de 10,58%, havendo também que salientar, segundo os dados tornados públicos, a redução desse valor ao longo dos anos: entre 2012-2015 a percentagem de reprovações caiu de 13,34% para os 10,58%. A melhoria das condições económicas de muitos portugueses estarão, também, na origem desse decréscimo, passando a dedicar maior atenção ao estado geral do seu veículo.

Atenção aos detalhes

Contudo, um automóvel com manutenção cuidada e boa utilização quotidiana tem menores possibilidades de ser reprovado, podendo até o seu proprietário proceder a uma pequena vistoria caseira que poderá, desde logo, antecipar algumas circunstâncias menos positivas. Por um lado, é natural que alguns pequenos sintomas de mau estado se tornem ‘invisíveis’ ao condutor, uma vez que há a tendência de se descurarem algumas situações decorrentes da sua habituação ao veículo.

Contudo, casos em que exista um desalinhamento evidente na direção, travões a chiar ou cheiros queimados tendem a ser indicadores de que algo não está bem e que o mais indicado antes de o levar à inspeção é levá-lo a uma oficina para tentar perceber se alguma das situações por si detetadas são graves e, assim, resolvê-las antecipadamente.

Certifique-se de que anotações de Grau 1 – que não dão direito a reprovação direta – não constam no documento de inspeção em vigor. Mesmo que não tenham resultado em chumbo do veículo naquela ocasião, a apresentação no centro de inspeções exatamente com as mesmas falhas irá levar à reprovação e respetiva folha encarnada! Depois, será obrigatória nova inspeção.

Note que os preços das inspeções variam entre 30,70 euros nos automóveis ligeiros e os 45,96 euros dos pesados, sendo de 15,46 euros para motociclos, triciclos e quadriciclos, com cilindrada superior a 250 centímetros cúbicos. Os reboques e semirreboques pagam 30,70 euros, enquanto as reinspeções custam 7,69 euros e as inspeções a nível de novas matrículas 76,64 euros. As inspeções extraordinárias têm um custo de 107,19 euros e a emissão de segunda via da ficha de inspeção 2,89 euros.

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