Um dia em Melbourne e um encontro inesperado com Ai Weiwei

25/09/2017

Quando cheguei a Melbourne fui direito ao apartamento que tinha alugado deixar as malas e dei um salto ao supermercado comprar qualquer coisa para o jantar. Fiquei por casa, deitei-me cedo e, no dia seguinte peguei na moto e fui fazer um passeio turístico pela cidade.

Fui primeiro ao Jardim Botânico que é fantástico, com plantas e árvores de todos os tipos. A seguir visitei o Shrine of Remembrance, um monumento aos australianos que morreram na primeira grande guerra. Estavam a meio de uma cerimónia com um ex-militar a fazer um discurso e outro, fardado a preceito, com espingarda de baioneta ao ombro, em sentido. Umas vinte pessoas, sentadas nesta sala central, ouviam atentamente.

Fui depois visitar a excelente National Gallery of Victoria que inaugurava dentro de dois dias uma exposição conjunta de Andy Warhol e Ai Wei Wei, o meu artista contemporâneo preferido, desde que vi uma exposição dele em Munique há uns anos atrás e mais tarde li sobre a sua vida de luta pelos direitos humanos na China.

Tinha acabado de arrumar a moto e vinha pela rua a caminho do recinto de exposições quando, rodeado de seguranças, vi o próprio Ai Wei Wei que tinha acabado de lá sair. Fui ter com ele e pedi-lhe para tirar uma fotografia. Achou graça e propôs ser ele a tirar a “selfie” aos dois com o meu telemóvel. Gostei imenso de o ter conhecido mesmo tendo sido uma conversa muito curta.

Depois de visitar a exposição permanente da National Gallery, com uma excelente coleção de quadros, almocei por ali perto, deixei a moto junto ao recinto e apanhei um antigo elétrico que dá permanentemente a volta ao centro da cidade, à borla.

Fui até ao Melbourne Museum, que começa por ter, como muitos dos museus Australianos, uma parte dedicada aos aborígenas e à sua cultura, arte e história. Mais à frente têm uma interessante exposição dedicada ao corpo humano e, em especial ao funcionamento do cérebro e mente.

Por fim uma exposição de muitos dos animais que fazem parte da fauna Australiana, incluindo o impressionante esqueleto de uma baleia azul, o maior animal existente na terra desde sempre, com um peso que pode chegar às 160 toneladas. Este esqueleto exposto pertence a uma que aqui deu à costa, há uns anos.

Passei ainda na Biblioteca Nacional que hoje em dia se resume a enormes salas de computadores onde quem quiser consulta os livros digitalizados. Não tem o charme de outros tempos mas é certamente mais fácil de consultar.

Voltei a entrar no elétrico e regressei à National Gallery, onde tinha a moto, não sem antes espreitar a St Paul’s Cathedral e uma famosa Galeria de lojas, Block Arcade.

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*Francisco Sande e Castro está a dar a volta ao mundo de moto e M24 publica o seu diário de bordo. Acompanhe-o nesta grande aventura

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