No álbum das mais icónicas estradas portuguesas, figura a Nacional 222, palco da Eletric Douro Experience, iniciativa que deu a conhecer a gama eletrificada da Mercedes-Benz Vans.

A estrada, cujo grau de notoriedade fica aquém da mítica Nacional 2, é, todavia, uma das mais extensas do país e companheira inseparável do rio Douro, que segue, na margem esquerda, ora à vista, ora à distância, serpenteante, ao longo de 226 km.

As características do traçado serviram às mil maravilhas para o contacto proporcionado pela Sociedade Comercial C. Santos com a gama elétrica da Mercedes-Benz Vans: eSprinter Furgão, eVito Furgão e eVito Tourer (passageiros).

A Eletric Douro Experience desenrolou-se, em grande parte, na famosa rodovia que liga Vila Nova de Gaia até Almendra, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, atravessa o Alto Douro Vinhateiro e o território onde estão localizadas as Gravuras Rupestres, ou seja, dois Patrimónios da Humanidade, assim classificados pela Unesco.

À partida para esta incursão de jusante para montante do rio Douro, apresentou-se um trio de modelos zero emissões que teve a companhia do EQV (equivalente elétrico da Classe V) e dos SUV EQC e EQA, o irmão cem por cento elétrico do GLA e entrada na gama de modelos totalmente elétricos da marca Mercedes-EQ.

Numa altura em que a eletrificação do setor automóvel está na ordem do dia, as restrições à mobilidade de veículos poluentes, principalmente nas cidades, têm tendência a aumentar.

Nesse sentido, os veículos comerciais, cada mais utilizados nas interações logísticas – de acordo com alguns estudos percorrem uma média diária rondar os 100 km – assumem importância capital.

A eletrificação das frotas é um passo inevitável a breve trecho; desse modo, a marca da estrela já se antecipou, disponibilizando uma gama completa para o transporte de mercadorias e pessoas.

«Este tipo de veículo pode, já hoje, ser um forte aliado de trabalho de muitas frotas profissionais», sublinha Patrícia Almeida, coordenadora de veículos comerciais ligeiros da Soc. Com. C. Santos.

A autonomia das vans elétricas já permite um leque considerável de utilizações, de acordo com os valores anunciados: eSprinter furgão (até 118 km); eVito Tourer (358 km); eVito furgão (150 km), enquanto o EQV pode rodar até 350 km sem recarregar.

Tal como as versões a combustão Vito e Classe V, a primeira é mais profissional e a segunda remete mais para o transporte de passageiros, com o verdadeiro ADN premium da marca alemã.

A eVito Tourer tem lotação de nove lugares e o EQV fica-se por oito lugares para permitir maior comodidades e um ambiente a bordo mais luxuoso.

Km 41: um marco à beira-rio

Ao volante do EQC 400 4Matic, silencioso, muito confortável e fácil de conduzir, comprovámos as vantagens de um veículo elétrico ao longo de um traçado acidentado, com subidas e descias algo pronunciadas.

O percurso efetuado não foi, propriamente, o mais famoso da Estrada Nacional 222, cujo segmento entre a Régua e o Pinhão – 27 km e 93 curvas que alternam com retas – foi distinguido internacionalmente como World Best Driving Road.

Entre o Porto e Castelo de Paiva, vislumbram-se muitas zonas incaracterísticas, desfeadas por construções que revelam total ausência de bom gosto.

A caminho de Pedorido, surge a povoação de Areja, de casario acastelado na confluência do rio Inha com o Douro.

Um bonito cenário que antecede a passagem sobre o Arda, através da ponte projetada por Edgar Cardoso, e que marca a divisão concelhia entre Santa Maria da Feira e Gondomar, nas imediações da praia fluvial.

Poucos quilómetros andados, surge o Km 41 que dá nome ao hotel com magnífica localização, mesmo junto ao Douro, e soberbo enquadramento na paisagem.

Tempo de pausa para, literalmente, recarregar baterias: à mesa do restaurante Raiva, cuja sala envidraçada oferece soberba panorâmica e que ostenta o nome da freguesia em que está situada a unidade hoteleira, saboreámos a terrina à Pedorido, com ovo de codorniz, pickles de tomate e mostarda à l’ancienne.

Um agradável introito para as bochechas de porco confitadas, acolitadas com puré de couve-flor grelhada, cenoura baby e molho de Vinho do Porto. Confeção aprimorada e textura de sabores bem conseguida.

O remate final pertenceu ao excelente pão de ló.

De regresso à estrada, foi a vez de seguir viagem ao volante da eVito Tourer, Interior muito espaçoso e cómodo, nível de equipamento a condizer com o estatuto deste modelo de utilização muito versátil e desempenho dinâmico merecedor e nota elevada, na linha desta Electric Douro Experience, que englobou a dois tempos, um novo paradigma para a mobilidade e um olhar sobre uma parcela do território nacional a dois passos da metrópole portuense.