A estrada, cujo grau de notoriedade fica aquém da mítica Nacional 2, é, todavia, uma das mais extensas do país e companheira inseparável do rio Douro, que segue, na margem esquerda, ora à vista, ora à distância, serpenteante, ao longo de 226 km.
As características do traçado serviram às mil maravilhas para o contacto proporcionado pela Sociedade Comercial C. Santos com a gama elétrica da Mercedes-Benz Vans: eSprinter Furgão, eVito Furgão e eVito Tourer (passageiros).
A Eletric Douro Experience desenrolou-se, em grande parte, na famosa rodovia que liga Vila Nova de Gaia até Almendra, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, atravessa o Alto Douro Vinhateiro e o território onde estão localizadas as Gravuras Rupestres, ou seja, dois Patrimónios da Humanidade, assim classificados pela Unesco.
Numa altura em que a eletrificação do setor automóvel está na ordem do dia, as restrições à mobilidade de veículos poluentes, principalmente nas cidades, têm tendência a aumentar.
Nesse sentido, os veículos comerciais, cada mais utilizados nas interações logísticas – de acordo com alguns estudos percorrem uma média diária rondar os 100 km – assumem importância capital.
A eletrificação das frotas é um passo inevitável a breve trecho; desse modo, a marca da estrela já se antecipou, disponibilizando uma gama completa para o transporte de mercadorias e pessoas.
A autonomia das vans elétricas já permite um leque considerável de utilizações, de acordo com os valores anunciados: eSprinter furgão (até 118 km); eVito Tourer (358 km); eVito furgão (150 km), enquanto o EQV pode rodar até 350 km sem recarregar.
Tal como as versões a combustão Vito e Classe V, a primeira é mais profissional e a segunda remete mais para o transporte de passageiros, com o verdadeiro ADN premium da marca alemã.
A eVito Tourer tem lotação de nove lugares e o EQV fica-se por oito lugares para permitir maior comodidades e um ambiente a bordo mais luxuoso.
Km 41: um marco à beira-rio
O percurso efetuado não foi, propriamente, o mais famoso da Estrada Nacional 222, cujo segmento entre a Régua e o Pinhão – 27 km e 93 curvas que alternam com retas – foi distinguido internacionalmente como World Best Driving Road.
Entre o Porto e Castelo de Paiva, vislumbram-se muitas zonas incaracterísticas, desfeadas por construções que revelam total ausência de bom gosto.
A caminho de Pedorido, surge a povoação de Areja, de casario acastelado na confluência do rio Inha com o Douro.
Poucos quilómetros andados, surge o Km 41 que dá nome ao hotel com magnífica localização, mesmo junto ao Douro, e soberbo enquadramento na paisagem.
Tempo de pausa para, literalmente, recarregar baterias: à mesa do restaurante Raiva, cuja sala envidraçada oferece soberba panorâmica e que ostenta o nome da freguesia em que está situada a unidade hoteleira, saboreámos a terrina à Pedorido, com ovo de codorniz, pickles de tomate e mostarda à l’ancienne.
Um agradável introito para as bochechas de porco confitadas, acolitadas com puré de couve-flor grelhada, cenoura baby e molho de Vinho do Porto. Confeção aprimorada e textura de sabores bem conseguida.
O remate final pertenceu ao excelente pão de ló.
De regresso à estrada, foi a vez de seguir viagem ao volante da eVito Tourer, Interior muito espaçoso e cómodo, nível de equipamento a condizer com o estatuto deste modelo de utilização muito versátil e desempenho dinâmico merecedor e nota elevada, na linha desta Electric Douro Experience, que englobou a dois tempos, um novo paradigma para a mobilidade e um olhar sobre uma parcela do território nacional a dois passos da metrópole portuense.