Azores Rallye: teste à liderança de Ricardo Teodósio

19/03/2019

Após o sucesso no Rali Serras de Fafe, a dupla Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia ) tem duro teste nos Açores
O algarvio Ricardo Teodósio (Skoda Fabia) chega aos Açores na liderança do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), mas tem pela frente dura tarefa para manter tal posição, na prova que marca o início do Europeu FIA.

No lote dos candidatos à conquista do máximo de pontos para o CPR perfilam-se nomes como Ricardo Moura (Skoda Fabia), Bruno Magalhães (Hyundai i20) e Miguel Barbosa (Skoda), uma vez que o atual campeão nacional Armindo Araújo, tal como sucedeu o ano passado, José Pedro Fontes, Pedro Meireles, Joaquim Alves, entre outros, optaram por não incluir o rali do Grupo Desportivo Comercial nas oito provas obrigatórias, das quais contam os sete melhores resultados para as contas finais.

A correr em casa e após nova exibição convincente em Fafe, apesar dos problemas mecânicos que terão inviabilizado melhor classificação final, Ricardo Moura é forte candidato e não é de excluir candidatura ao triunfo absoluto num rali que já venceu.

«Este ano, encaro a prova de um modo diferente em relação aos anteriores, uma vez que não vou disputar nenhum dos campeonatos que estão em discussão. Devido a uma longa paragem, não estou tão bem preparado como noutras edições, mas farei o melhor possível», adiantou Ricardo Moura, candidato aos lugares cimeiros.

Ricardo Moura com António Costa ao lado no Skoda Fabia é candidato a discutir os lugares cimeiros

Neste domínio, o russo Alexey Lukyanuk (Citroën DS3) é o cabeça-d-cartaz da prova, mas há out-siders que conhecem bem as classificativas de S. Miguel, caso de Chris Ingram (Skoda Fabia) e de Marijan Griebel (VW Polo GTI) ou até mesmo de Lucasz Habaj (Skoda Fabia).

Num rali com 40 por cento de traçado novo Ricardo Teodósio está à vontade, por se tratar de uma prova em piso de terra, mais do agrado do líder do campeonato.

«Temos que fazer um bom resultado e por isso vamos andar o melhor que sabemos. O carro conta com um diferencial e caixa da última geração, que já nos fazia alguma falta», referiu Ricardo Teodósio. Mas, o piloto do Algarve tem meta traçada:

«Ganhar o CPR é o grande objetivo».

Com atuação de nível elevado em Fafe, na abertura do campeonato, Miguel Barbosa pretende confirmar o bom momento de forma neste início de época.

«É uma prova bastante difícil, longa, que vai exigir uma boa gestão. Apenas participei por duas vezes neste rali e, por isso, a maior desvantagem é o menor conhecimento dos troços face aos nossos adversários diretos. De qualquer modo, estamos muito motivados», referiu Miguel Barbosa.

Miguel Barbosa (Skoda Fabia), com Paulo Babo ao lado, participa pela 3.ª vez no rali açoriano

Para Bruno Magalhães, um objetivo: repetir as boas atuações assinada neste rali:

«Já ganhei nos Açores para o IRC, para o Europeu de Ralis e para o Campeonato Nacional; por isso, sei bem o significado de vencer um rali com esta história e esta exigência», relembrou o piloto, único representante nesta prova do Team Hyundai Portugal,

No entanto, os pontos para o campeonato são o mais importante:

«Conquistar a maior pontuação possível para o campeonato é o objetivo. Se, adicionalmente, conseguirmos entrar na luta pelo pódio do Europeu, seria ótimo», adiantou Bruno Magalhães, vice-campeão europeu em 2017 e 3.º classificado o ano passado no ERC.

O Hyundai i20 de Bruno Magalhães/Hugo Magalhães surge nos Açores com, nova decoração

A exemplo do sucedido nos últimos anos, a presença de pilotos envolvidos no CPR é diminuta, devido aos custos que um rali deste tipo acarreta.

No lote dos pilotos dos R5, referência para Pedro Almeida, Aloísio Monteiro e António Dias, todos em Skoda Fabia, e Miguel Correia (Ford Fiesta), bem como Alfredo Barros (Ford Fiesta) na prova regional.

Neste domínio, duelo renhido à vista entre o atual campeão Luís Miguel Rego (Skoda Fabia) e o madeirense Bernardo Sousa (Citroën DS3).

Escassa participação nas 2 RM

Nas 2 Rodas Motrizes (2 RM), destaca-se um quarteto de continentais: Pedro Antunes (Peugeot 208 R2) está empenhado no ERC3 e inicia caminhada europeia, após ter dominado por completo o Serras de Fafe.

No plano nacional, Gil Antunes (Renault Clio RS R3T); Hugo Lopes (Peugeot 208 R2) e Paulo Neto (Citroën DS3 R3T Max) vão lutar pela vitória.

A dupla Paulo Neto/Vítor Hugo (Citroën DS3 R3T Max) quer trazer dos Açores o maior número possível de pontos nas 2 RM

Para Paulo Neto, «o objetivo é tentar obter o máximo de pontos possível nas contas das duas rodas motrizes do CPR. Em 2018, fomos segundo classificados, pelo que este ano gostaríamos de melhorar o resultado, mas temos que pensar primeiro que é uma prova muito longa».

O rali açoriano tem início no dia 21 de março (5.ª feira), com três classificativas. Um aperitivo (22,95 km) para as dificuldades dos dias que se seguem, em particular a derradeira etapa, no sábado (dia 23 de março), a mais extensa, com dupla passagem por Graminhais e Tronqueira, a fechar.

Ao todo, 15 especiais, que totalizam 293,23 km. O troço Sete Cidades é o mais extenso (23,80 km) da prova.

Ver mais em:

www.azoresrallye.com/pt-pt/

www.fpak.pt/

www.fiaerc.com