Adivinha-se um final de Campeonato de Portugal de Ralis particularmente emotivo: no Casinos do Algarve (dias 17 e 18 de novembro), o título nacional absoluto vai ser discutido por três pilotos, separados, em termos reais, por 16,68 pontos, ou seja, a diferença entre Armindo Araújo (1.º), que prescinde de 12,0 pontos – pior resultado, registado no Rali Serras de Fafe –, e José Pedro Fontes (3.º), com Ricardo Teodósio, de permeio, a ter menos 14,38 pontos em relação ao líder face ao líder.
O piloto do Team Hyundai Portugal tem tudo a favor e vai deixar aos adversários a iniciativa de ataque, como, de resto, lhes compete.
No asfalto, Fontes é adversário de respeito, para mais contando com um Citroën C3 particularmente eficaz, como de resto, se viu no memorável Rali Amarante-Baião – finalmente uma prova de figurino inédito — decidido na reta final por escassos 5,0 segundos a favor de José Pedro Fontes, que conquistou a 13.ª vitória da carreira.
Teodósio corre em casa, apoiado pelo público, e tem sobre os ombros a pressão de derrotar, agora no seu território, os nortenhos. O piloto algarvio está muito moralizado com a condição de vice-líder e não vai baixar os braços na hora do tudo ou nada, uma vez que o título nunca esteve tão perto.
Todavia, é preciso contar com João Barros, provavelmente de novo ao volante do Skoda Fabia preparado pela ARC Sport e, eventualmente, com Bernardo Sousa. O piloto madeirense, que rubricou categórica exibição no Rali Amarante-Baião com um Peugeot 208 R2 — venceu entre os carros de duas rodas motrizes — poderá alinhar com um R5.
Nas 2 WD, Daniel Nunes lidera com 16,18 pontos de vantagem para Gil Antunes, uma margem de certo modo confortável no duelo pelo título, que também será decidido no Rali Casinos do Algarve.
Todavia, este rali é uma prova de características peculiares, desde os anos em que contava para o Europeu e apresentava como palco troços de terra, aliás excelentes, como comprovou o muito elogiado Rali de Portugal.
Hoje em dia, o rali corre-se no asfalto dos troços da serra de Monchique, que os mais credenciados conhecem como a palma da mão. Mas, as condições atmosféricas — o rali será em meados de novembro — poderão ter (alguma) influência no desenrolar de uma prova com intervenientes de outras latitudes.
Participações/Pilotos
8 – António Dias, José Pedro Fontes,
7 – Pedro Almeida, Gil Antunes, Armindo Araújo, Miguel César Barbosa, Manuel Castro, Miguel Correia, Pedro Meireles, Paulo Neto, Ricardo Teodósio,
6 – Pedro Antunes, Daniel Nunes,
Participações/Navegadores
8 – Paulo Babo, Mário Castro, Hugo Magalhães, Vítor Hugo
7 – Nuno Almeida, Pedro Alves, Diogo Correia, António Costa, Rui Raimundo, Luís Ramalho, José Teixeira,
6 – Ricardo Faria, Jorge Henriques,
N.º de especiais percorridas por piloto (total: 105)
90 – Armindo Araújo,
88 – Miguel César Barbosa,
85 – José Pedro Fontes,
83 – Pedro Almeida, António Dias,
81 – Ricardo Teodósio
N.º de quilómetros de especiais percorridos por piloto (total: 1 359,25 km)
1 151,95 – Armindo Araújo,
1 127,47 – Miguel César Barbosa,
1 016,92 – António Dias
1 001,50 – José Pedro Fontes,
988,41 – Gil Antunes
Os mais rápidos
1.º – 2.º – 3.º – 4.º – 5.º – 6.º
Alexandre Camacho 6 -16 – 1- 0 – 1 – 0 – 0
Armindo Araújo 10 – 4 – 18 -13 – 4 – 4
Ricardo Moura 9 – 6 – 4 – 2 – 1 – 2
José Pedro Fontes 8 – 8 – 13 – 10 – 13 – 8
Miguel César Barbosa 6 -11 -7 – 8 – 14 – 12
Alexey Lukyanuk 6 – 4 – 1 – 2 – 0 – 0
Pepe Lopez 6 – 3 – 0 – 0 – 0 – 0
João Barros 5 – 4 – 5 – 6 – 7 – 6
Hiroki Arai 5 – 1 – 1 – 0 – 1 – 1
Bruno Magalhães 4 – 2 – 3 – 2 – 1 – 1
Ricardo Teodósio 3 – 11 – 11 – 11 – 9 – 0
Classificação
1.º Armindo Araújo, 139,26 pontos
2.º Ricardo Teodósio, 112,88
3.º José Pedro Fontes, 110,58
4.º Miguel Barbosa, 90,36
5.º Pedro Meireles, 69
6.º João Barros, 64,56
7.º Ricardo Moura, 54,35
8.º Pedro Almeida, 49
9.º Carlos Vieira, 42
10.º Diogo Salvi, 30
Próxima prova : Rali Casinos do Algarve, dias 17 e 18 de Novembro, Organização: Clube Automóvel do Algarve
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