Com um ritmo consistente, Armindo Araújo não sentiu grandes dificuldades para se impor na etapa inicial da prova que marcou o regresso às emblemáticas classificativas da Região Centro.
O piloto do Hyundai i20 foi o mais rápido em seis das sete classificativas e considerou que «foi um dia positivo, com um ritmo seguro. Encontrámos um bom andamento, andámos rápido e só em Góis-2 levantámos o pé, talvez demasiado».
O atual campeão nacional contou com uma afinação ideal do carro e só teve ligeiro sobressalto quando um pneu saiu da jante na parte final de arganil-2.
Para a derradeiro dia – a classificação para o CPR é estabelecida no final de Amarante-1 (10.ª especial) – Armindo Araújo revelou que «a vitória no campeonato é o meu primeiro grande objetivo e o segundo é ser o melhor português no final».
A cumprir objetivo traçado, Ricardo Teodósio colocou o Skoda Fabia na 2.ª posição, a 50,1 segundos, após um dia que correu «como desejávamos. Foi tranquilo, a desviarmo-nos das pedras. Apenas um susto em Lousada, com o travão de mão, que impedia o carro de rodar», salientou o piloto algarvio.Maiores problemas teve Bruno Magalhães, visivelmente desiludido à chegada à Exponor, a 1.m 48,9 s do líder.
«Desde a primeira curva do rali que a válvula pop-off abriu. Para o piloto do Hyundai, a falta de potência foi uma dor de cabeça. «Vamos colocar uma válvula nova e espero que o problema fique resolvido», adiantou o piloto, que sofreu um furo e viu outro pneu sair da jante.
Dia azarado teve, igualmente, José Pedro Fontes, afetado por enigmático problema de falta de potência. O piloto do Citroën C3 não adiantou explicação plausível para a origem do problema, «logo no primeiro troço. Sem assistência durante o dia, ficámos desde logo com o rali estragado», referindo que «pode ter sido o turbo ou a eletrónica» a justificar a perda de 3. 30,3 s para o líder.
Entre os portugueses, Diogo Salvi (Skoda) terminou o dia no 5.º lugar, posição que., em termos de CPR foi de António Dias, igualmente em Skoda.
VW Polo e Mitsubishi consumidos pelas chamas
A destruição pelas chamas, do VW Polo de Pedro Meireles, gerou um quadro dantesco, que impressionou Pedro Almeida, piloto do primeiro carro a deter-se no local do incidente. «Acionámos o SOS, pois não conseguiram. Foi tudo muito rápido e o Mário Castro ficou com ligeiras queimaduras num braço», referiu o piloto do Skoda Fabia.
«Fiquei chocado quando vi tudo aquilo», sublinhou o famalicense, estreante em provas do Mundial. «Foi uma sorte não ter furado, pois os pisos estavam destruídos após a passagem dos WRC», sublinhou.
Entretanto, o Mitsubishi Lancer Evo X de José Merceano também pegou fogo e obrigou à neutralização do troço de Arganil.
Para Miguel Barbosa, o rali terminou demasiado cedo: o piloto do Skoda Fabia percorreu apenas 10 km e desistiu.
«Abordámos o novo troço da Lousã ao ataque, mas com a margem de segurança necessária para não cometer erros. Ao km 10, todavia e sem justificação aparente, partiu-se um braço de suspensão, uma situação que nos colocou irremediavelmente fora de prova», explicou Miguel Barbosa.
«Esta era a nossa prova, para a qual nos tínhamos preparado de forma a podermos discutir a vitória no campeonato. Agora, temos de olhar em frente e preparar a nova fase que começa já dentro de três semanas», acrescentou Miguel Barbosa, triste e desiludido.
Nas 2 RM, Daniel Nunes, apear de ter furado em Lousã-2. levou a melhor no duelo entre os Peugeot 208 R2 e terminou o dia com 5m 10,5 s de vantagem para Hugo Lopes.
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