CPR: Armindo Araújo domina e fogo destrói VW Polo de Pedro Meireles

31/05/2019

Armindo Araújo e Luís Ramalho (Hyundai 120 R5) lideram CPR no Vodafone Rally de Portiugal
A supremacia da dupla campeã nacional Armindo Araújo/Luís Ramalho (Hyundai) e a destruição pelo fogo do novo VW Polo de Pedro Meireles, em Arganil-2, foram as notas mais salientes da 1.ª etapa do Vodafone Rally de Portugal no que concerne aos participantes no Campeonato de Portugal de Ralis (CPR).

Com um ritmo consistente, Armindo Araújo não sentiu grandes dificuldades para se impor na etapa inicial da prova que marcou o regresso às emblemáticas classificativas da Região Centro.

O piloto do Hyundai i20 foi o mais rápido em seis das sete classificativas e considerou que «foi um dia positivo, com um ritmo seguro. Encontrámos um bom andamento, andámos rápido e só em Góis-2 levantámos o pé, talvez demasiado».

O atual campeão nacional contou com uma afinação ideal do carro e só teve ligeiro sobressalto quando um pneu saiu da jante na parte final de arganil-2.

Para a derradeiro dia – a classificação para o CPR é estabelecida no final de Amarante-1 (10.ª especial) – Armindo Araújo revelou que «a vitória no campeonato é o meu primeiro grande objetivo e o segundo é ser o melhor português no final».

A cumprir objetivo traçado, Ricardo Teodósio colocou o Skoda Fabia na 2.ª posição, a 50,1 segundos, após um dia que correu «como desejávamos. Foi tranquilo, a desviarmo-nos das pedras. Apenas um susto em Lousada, com o travão de mão, que impedia o carro de rodar», salientou o piloto algarvio.

Maiores problemas teve Bruno Magalhães, visivelmente desiludido à chegada à Exponor, a 1.m 48,9 s do líder.

«Desde a primeira curva do rali que a válvula pop-off abriu. Para o piloto do Hyundai, a falta de potência foi uma dor de cabeça. «Vamos colocar uma válvula nova e espero que o problema fique resolvido», adiantou o piloto, que sofreu um furo e viu outro pneu sair da jante.

Dia azarado teve, igualmente, José Pedro Fontes, afetado por enigmático problema de falta de potência. O piloto do Citroën C3 não adiantou explicação plausível para a origem do problema, «logo no primeiro troço. Sem assistência durante o dia, ficámos desde logo com o rali estragado», referindo que «pode ter sido o turbo ou a eletrónica» a justificar a perda de 3. 30,3 s para o líder.

Entre os portugueses, Diogo Salvi (Skoda) terminou o dia no 5.º lugar, posição que., em termos de CPR foi de António Dias, igualmente em Skoda.

«Queria chegar a Lousada e por isso andei com precaução. Felizmente, correu tudo bem», referiu o piloto, que promete para a 2.ª etapa, «tentar arriscar um pouco mais, mas sempre com máxima segurança».

VW Polo e Mitsubishi consumidos pelas chamas

A destruição pelas chamas, do VW Polo de Pedro Meireles, gerou um quadro dantesco, que impressionou Pedro Almeida, piloto do primeiro carro a deter-se no local do incidente. «Acionámos o SOS, pois não conseguiram. Foi tudo muito rápido e o Mário Castro ficou com ligeiras queimaduras num braço», referiu o piloto do Skoda Fabia.

«Fiquei chocado quando vi tudo aquilo», sublinhou o famalicense, estreante em provas do Mundial. «Foi uma sorte não ter furado, pois os pisos estavam destruídos após a passagem dos WRC», sublinhou.

Entretanto, o Mitsubishi Lancer Evo X de José Merceano também pegou fogo e obrigou à neutralização do troço de Arganil.

Miguel Barbosa: outro azarado

Para Miguel Barbosa, o rali terminou demasiado cedo: o piloto do Skoda Fabia percorreu apenas 10 km e desistiu.

«Abordámos o novo troço da Lousã ao ataque, mas com a margem de segurança necessária para não cometer erros. Ao km 10, todavia e sem justificação aparente, partiu-se um braço de suspensão, uma situação que nos colocou irremediavelmente fora de prova», explicou Miguel Barbosa.

«Esta era a nossa prova, para a qual nos tínhamos preparado de forma a podermos discutir a vitória no campeonato. Agora, temos de olhar em frente e preparar a nova fase que começa já dentro de três semanas», acrescentou Miguel Barbosa, triste e desiludido.

Nas 2 RM, Daniel Nunes, apear de ter furado em Lousã-2. levou a melhor no duelo entre os Peugeot 208 R2 e terminou o dia com 5m 10,5 s de vantagem para Hugo Lopes.

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