CPR: Armindo Araújo não deu hipóteses no Vodafone Rally de Portugal

01/06/2019

Armindo Araújo e Luís Ramalho (Hyundai) dominaram a prova do CPR integrada no Vodafone Rally de Portugal
A dupla campeã nacional formada por Armindo Araújo e Luís Ramalho (Hyundai i20) dominou por completo a prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) integrada no Vodafone Rally de Portugal.

Os problemas na caixa de velocidades do Skoda de Ricardo Teodósio foram bem aproveitado, na derradeira classificativa, por Bruno Magalhães, que proporcionou uma dobradinha à marca coreana.

O piloto algarvio teve de contentar-se com 3.º lugar, mas conservou a liderança do campeonato.

Após ter ganho, na etapa inaugural, inédita para todo os concorrentes, seis das sete classificativas, o piloto de Santo Tirso conseguiu margem muito confortável que lhe permitiu, ao longo da 2.ª etapa, gerir a vantagem conquistada para construir um triunfo sólido e incontestado, com 1m 49,5 s de vantagem.

Um sucesso explicado em grande parte pela experiência mundialista acumulada durante outras temporadas de sucesso.

O ritmo constante e sem prejuízo da mecânica, aliado a uma condução vigorosa e virtuosa, garantiu a conquista de pontos significativos a a ascensão á vice-liderança do CPR no momento da viragem: vem aí a fase de asfalto.

Na hora de festejar, Armindo Araújo valorizou o desempenho do carro, que permitiu «alcançar o nosso grande objetivo. Vencemos bastante especiais, atacando quando era possível. Não cometemos erros e tivemos a estrelinha da sorte. Correu tudo bem», confessou.

Com este triunfo, Armindo sublinhou que «fizemos uma boa operação em termos de campeonato, colocando-nos um pouco mais acima».

O campeão nacional vai já começar a preparar a próxima etapa do CPR – Castelo Branco – com dois dias de testes no início da semana.

A dupla Bruno Magalhães/Hugo Magalhães (Hyundai) foi vítima de vários percalços

Quando o 2.º lugar parecia uma miragem, na sequência de problemas surgidos na véspera — dois furos e funcionamento irregular da válvula pop off — Bruno Magalhães e Hugo Magalhães (Hyundai i20) foram os últimos a sorrir,

«O carro ficou bastante melhor após termos mudado muita coisa em termos de acertos, embora por mera intuição. Pela primeira vez, senti-me confortável com o carro em terra, mas demorámos a encontrar este equilíbrio».

Para Bruno Magalhães, que venceu duas das três especiais da última etapa, foi «um resultado justo, depois de termos perdido 1m 20 s devido aos furos».

Apesar de ter considerado que «demos um passo bastante grande», o piloto vai começar tudo de novo: vem aí a fase de asfalto. «Ainda não tenho testes marcados», adiantou ao MOTOR 24.

Caixa de velocidades traiu Ricardo Teodósio

Uma enorme desilusão: assim definiu Ricardo Teodósio o 3. º lugar para o qual se viu relegado, traído pela caixa de velocidades.

Problemas com a caixa de velocidades e uma penalização de 10 segundos custaram o 2.º lugar à dupla Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda)

«Infelizmente, a quilómetro 20 de Amarante-2 fiquei só com quarta velocidade. Foi um final de rali muito arriscado, pois viemos sempre a recorrer á embraiagem. Nsa partes mais lentas quase que ficávamos parados, mas conseguimos chegar. Apesar de tudo, continuamos a liderar o campeonato», sublinhou Ricardo Teodósio, que sofrera, na véspera, penalização de 10 segundos. «Nada fizemos de errado», sublinhou, inconformado, o piloto do Algarve que perdeu o 2.º lugar por escassos 6,2 segundos.

Estreia para recordar numa prova do Mundial teve Pedro Almeida. O piloto famalicense do Skoda Fabia terminou na 4.ª posição, apesar de uma controversa ordem de partida:

«A organização errou ao colocar-nos no último lugar dos portugueses. Apanhei muito pó em especial nos últimos dez quilómetros de Amarante», referiu o piloto que confessou.

«Gostei da experiência, mas foi muito duro», confessou o piloto do Skoda Fabia, que terminou a classificativa exausto.

No lugar seguinte terminou Diogo Salvi, «com pequenos problemas» no Skoda Fabia, «O habitual, nestes ralis grandes», acrescentou o piloto que faz dupla com Paulo Babo, navegador que vai abandonara atividade.

Para António Dias, «o rali foi muito duro, mas o objetivo foi cumprido».

O carro portou-se bem, pensava andar mais rápido, mas adotei andamento mais cauteloso, uma vez que montei pneus duros para evitar furos», referiu o piloto do Skoda Fabia.

Azarado foi o desempenho de José Pedro Fontes. Aos problemas da véspera, que «não foram resolvidos», um furo roubou o 4.º lugar ao piloto do Citroën C3.

«A origem do problema está ainda por determinar», referiu o piloto, a quem a sorte não sorriu neste rali:

«Quando estávamos a onze segundos do 4.º lugar, furámos, na parte de asfalto de Amarante-1. O pneu saiu da jante, parámos para trocar a roda e perdemos muito tempo»,

Apesar do ar abatido, reflexo o mau resultado (6.º lugar ) e desempenho do Citroën, José Pedro Fontes mostrou-se otimista para o futuro e fez promessa:

«Não tenho dúvidas de que irei ter carro para ganhar em Castelo Branco».

Daniel Nunes soma e segue nas 2 RM

Nas 2 Rodas Motrizes (RM) , Daniel Nunes impôs-se no duelo entre os Peugeot 208 R2 e deixou Hugo Lopes a distância considerável.

O piloto da Inside Motor conquistou, desse modo, o 3.º triunfo em quatro provas do CPR2.

Entretanto, Armindo Araújo, Bruno Magalhães, Pedro Almeida, António Dias, Diogo Salvi e José Pedro Fontes continuam em prova na corrida ao lugar de melhor português no Vodafone Rally de Portugal.

Campeonato

1.º Ricardo Teodósio, 88,18 pontos

2.º Armindo Araújo, 60,44

3.º Bruno Magalhães, 53

4.º Ricardo Moura, 46,39

5.º Miguel Barbosa, 39,82

6.º Pedro Almeida, 32

7.º António Dias, 27

8.º José Pedro Fontes, 23,68

9.º Miguel Correia, 22

10.º Paulo Meireles, 18

Próxima prova: Rali de Castelo Branco, dias 22 e 23 de junho

Ver mais em:

http://www.rallydeportugal.pt/homepage.aspx

https://www.wrc.com/en/wrc/livetiming/page/4175—-.html