Rali de Castelo Branco: a hora do asfalto

19/06/2019

A dupla Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia r5) terminou na frente a fase de tarra do Campeonato de Portugal de Ralis
O Rali de Castelo Branco, na estrada dias 22 e 23 de junho, marca a entrada do Campeonato de Portugal na fase de asfalto, após o ciclo tradicional de provas em piso de terra.

A 5.ª prova da temporada regista invejável número de inscritos – 83 — e promete ser, num traçado inédito, um primeiro aferir de forças em asfalto entre os candidatos à conquista do título.

Destaque para o regresso de João Barros (Skoda Fabia R5) e para a ausência justificada de Pedro Meireles, em consequência da destruição pelas chamas do VW Polo GTi R5 no Rali de Portugal,

O algarvio Ricardo Teodósio (Skoda Fabia R5), rápido e muito consistente esta época – soma 50 por cento de triunfos nas provas realizadas – defende liderança do campeonato no rali em que se estreou a ganhar, o ano passado, em termos absolutos.

O piloto da ARC Sport, campeã nacional por equipas, surge, naturalmente, moralizado e mostra-se confiante, apesar da predileção pelos pisos de terra. «Não quer dizer que não seja eficaz em asfalto. Vencemos em Castelo Branco no ano passado, e agora com o novo figurino da prova, pode ser que as coisas possam virar a nosso favor. Estamos bastante otimistas», adiantou Ricardo Teodósio, que conta já com quatro pontuações, mais uma em relação aos adversários dos Hyundai i20 R5.

Armindo Araújo somou o rali de máximo de pontos na última prova – Rali de Portugal – e ascendeu à vice-liderança do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR).

«É muito importante começar a fase de asfalto com um bom resultado e com o maior número possível de pontos. O equilíbrio entre as principais equipas que lutam pelo título é evidente e, por isso, esperamos um rali muito disputado», sublinhou Armindo Araújo. «Estamos bastante confiantes com o trabalho que realizamos nos testes e queremos, tal como os nossos adversários, lutar pela vitória», acrescentou.

Armindo Araújo e Luís Ramalho (Hyundai i20 R5) ascenderam á vice-liderança do campeonato

O detentor do título fará tudo para somar novo êxito, mas a tarefa não se afigura fácil. Bruno Magalhães, 3.º classificado no campeonato, é um dos adversários mais fortes. Em perspetiva um despique renhido entre os ambos os pilotos, com três pontuações e separados por 6,44 pontos, apoiados pela Hyundai Portugal, estrutura que tem contribuído bastante para a promoção do CPR.

Bruno Magalhães e Hugo Magalhães (Hyundai i20) em ação no último Vodafone Rally de Portugal

Para o tricampeão nacional e vice-campeão europeu, é um novo desafio e que exigiu preparação cuidada:

«Testámos durante dois dias e, de uma forma geral, o ‘feeling’ foi positivo, o que nos deixa motivados para a fase de asfalto do campeonato. Todavia, será uma descoberta para nós e só iremos perceber a nossa real competitividade quando estivermos em competição direta com os nossos adversários», adiantou Bruno Magalhães.

À procura de um bom resultado, após a enorme desilusão sofrida no Rali de Portugal, Miguel Barbosa (Skoda Fabia R5) não esconde sentimentos:

«Apesar de continuar a preferir as provas em pisos de terra, sinto-me cada vez mais à vontade no asfalto e o meu objetivo será lutar pela vitória».

Miguel Barbosa (Skoda fabia R5), em dupola com Jorge Carvalho quer lutar pelos lugares cimeiros

Para que tal seja possível, Miguel Barbosa adiantou que «temos trabalhado afincadamente por estar ao melhor nível e vamos, seguramente, estar na luta pelas primeiras posições».

José Pedro Fontes, de novo com Inês Ponte no banco do lado direito do Citroën C3 R5 quer regressar aos bons resultados

Um objetivo que José Pedro Fontes (Citroën C3 R5) igualmente partilha:

«Temos trabalhado a fundo na preparação do carro para as especificidades do asfalto. Realizámos uma sessão de testes e o resultado foi positivo com o carro a corresponder sem reservas», adiantou o piloto da Sports & You, que já conquistou três vitórias – a última foi em 2017 — no rali da Escuderia Castelo Branco.

«O traçado da prova é novo e isso coloca alguns desafios adicionais; neste aspeto, estaremos em pé de igualdade com os outros pilotos, mas a nossa aposta é mesmo lutar pela vitória, apesar de contarmos com um excelente lote de rivais», sublinhou.

Neste lote está João Barros, que fará dupla com António Costa. Alguns meses de inatividade e poucos quilómetros ao volante do Skoda Fabia R5 poderão ser óbice, pelo menos na fase inicial do rali, a um desempenho mais competitivo do piloto de Paredes, apostado em marcar presença relevante na fase de asfalto do CPR.

João barros (Skoda Fabia R5) está de regresso e de novo com António Costa ao lado

Com uma primeira metade da temporada marcada pelos bons resultados, Pedro Almeida (6.º classificado do CPR) confessa estar «muito curioso para ver a diferença do Skoda em relação ao Ford».

Para este rali, «o objetivo é registar resultados ao nível do que temos feito esta época». adiantou o piloto famalicense.

Daniel Nunes lidera nas2RM

O campeonato de duas rodas motrizes (2 RM) tem sido dominado por Daniel Nunes. O piloto da Inside Motor soma triunfos nas três provas em que alinhou e leva confortável vantagem face a Hugo Lopes no duelo entre os Peugeot 208 R2.
Daniel Nunes e Rui Raimundo (Peugeot 208 R2) têm dominado nas 2 Rodas Motrizes

Gil Antunes (Renault Clio R3) ocupa o 3.º lugar do campeonato à partida do rali da Escuderia Castelo Branco que conta igualmente para os campeonatos de Portugal Centro de ralis; clássicos; GT, Iniciados; R4 Kit e Desafio Kumho.

Este rali regista a presença, na lista de inscritos, de quatro concorrentes da Kia Picanto GT Cup e ainda da espanhola Emma Falcón (Citroën C3 R5).

Com um traçado inédito – até da superespecial citadina — e que marca o regresso às classificativas de Vila Velha de Ródão, o Rali de Castelo Branco tem 10 classificativas — total de 128,91 km –, divididas por duas etapas.

Programa

Sábado (dia 22 de junho)

15.00 horas – Partida

16.21 horas — PEC 1 : Vilas Ruivas 1 (16,31 km)

17.19 horas — PEC 2 : Foz do Cobrão 1 (14,67 km)

18.12 horas — PEC 3 : Vilas Ruivas 2 (16,31 km)

  1. 27/20.15 horas — Reagrupamento

21.15 horas — PEC 4 : Super Especial Reconquista A– (2,02 km)

21.30 horas — PEC 4 : Super Especial “Reconquista– B (2,02 km)

22h50 – Final 1ª Etapa – 2ª Secção

Domingo (dia 23 de junho)

09.00 horas – Partida

10.16 horas — PEC 5: Paiágua/Pé da Serra-1 1 (12,59 km)

10.49 horas — PEC 6 : Dáspora /Sesmo/Salgueiral-1 1 (12,24 km)

11.17 horas — PEC 7 : S. André das Tojeiras-1 (13,96 km)

11.57/12.30 horas : Reagrupamento

14.01hors — PEC 8 : Paiágua/Pé da Serra -2 (12,59 km)

14.34 horas — PEC 9 : Déspora/Sesmo/Salgueiral- 2 (12,24 km)

15.02 horas — PEC 10 : S. André das Tojeiras-2 (13,96 km)

16.12 horas — Final

Ver mais em:

https://escuderiacastelobranco.pt/

http://www.fpak.pt/regulamentacao/regulamentacao-das-provas