Este resultado foi o necessário e suficiente para reconquistar o título nacional, enquanto Bruno Magalhães e Carlos Magalhães assinavam o primeiro triunfo do novo Hyundai i20 N Rally2 na estreia em piso de terra.
Fora daquelas contas, cedo ficou a dupla campeã nacional de 2020: Armindo Araújo e Luís Ramalho:
«Sofremos um furo no primeiro quilómetro e, numa travagem mais forte, poucos metros depois saímos de estrada. Não havia nada a fazer», explicou, desalentado, o piloto de The Racing Facory, que desde logo ficou na expectativa do que iria fazer o único adversário na corrida ao título.
A partir desse momento, que originou a anulação da 1.ª classificativa, uma vez que Armindo abria estrada, Ricardo Teodósio teria de terminar na 2.ª posição e alcançar idêntico lugar na power stage.
Mas, para o piloto algarvio a secção matinal foi tudo menos fácil: problemas com a caixa de velocidades ditaram penalização de 10 segundos á entrada da 3.ª especial, o que somado ao tempo perdido, ditou descida para a 4.ª posição, a 41,4 segundos do líder.Na frente Bruno Magalhães sucedia a José Pedro Fontes, que fora o primeiro líder, mas por pouco tempo: problemas de alternador colocaram o piloto do Citroën C3 fora de prova antes da 3.ª especial.
Entretanto, Miguel Correia (Skoda Fabia) subia à vice-liderança, posição que só perdeu na derradeira especial, consequência de «alguns problemas mecânicos durante a tarde».
Com quatro classificativas pela frente – apenas 52 km ao cronómetro – não restava outra alternativa a Ricardo Teodósio que não fosse atacar. A determinação do piloto algarvio, resolvidos os problemas no Skoda, foi recompensada, mesmo ao cair do pano, com a vitória na power stage e a conquista do 2.º lugar.
«Tive de gerir a prova de uma forma diferente. Estava a pensar ter de fazer uma prova toda ao ataque, e tive de me acalmar e resolver um problema com o carro», referiu Ricardo Teodósio, que conquistou o título por um escasso ponto.
Na hora de fazer a festa, Ricardo Teodósio confessou que «não podia estar mais feliz» e não esqueceu o agradecimento «a todos os meus patrocinadores e à ARC Sport, porque sem eles nada disto era possível, enalteceu o trabalho do navegador José Teixeira, «com uma evolução constante nas notas» e endereçou «parabéns ao Bruno Magalhães pela vitória na prova».
No final, perdida a revalidação do título Armindo Araújo confessou que «não era este, obviamente, o desfecho que desejávamos, mas os ralis são mesmo assim. Muitos parabéns aos vencedores, a todos os que acreditaram em nós e a toda a minha equipa».
Vencedor de três das sete classificativas, Bruno Magalhães terminou a temporada a ganhar e, pela 2.ª vez esta época, somou o maior número de pontos para o campeonato.
Com este triunfo categórico, num rali que desconhecia, Bruno colocou ponto final «numa época difícil, condicionada pelo atraso na homologação do i20 N Rally2. Consegui perceber todo o potencial e competitividade do carro», referiu o vencedor.
Nas 2 RM (Rodas Motrizes) vitória e título para Carlos Fernandes/Valter Cardoso (Peugeot 208 Rally4), que concluíram o rali na 7.ª posição da geral.
Classificação final (oficiosa)
!.º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20 N), 1h 03m 42,8s
2.º Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia Evo), a 27,9 segundos
4.º Pedro Meireles/Pedro Alves (VW Polo GTI), a 42,1 segundos
5.º Daniel Nunes/Nuno Mota Ribeiro (Ford Fiesta r3), a 3m 53,7 s
